O avançado João Tomás, do Rio Ave, afirmou hoje que já se conformou com o facto de, nos últimos anos, ter ficado de fora das convocatórias da seleção portuguesa de futebol.

O jogador, de 37 anos, atingiu, na última jornada da I Liga, a marca dos 100 golos no principal escalão do futebol português, mas, apesar da boa fase que atravessa, desabafou que «o momento para uma chamada à seleção está a passar».

«Já senti desilusão, agora estou conformado. Acho que em determinados momentos podia ser mais vezes chamado, mas só tenho de respeitar as opções. Se as pessoas ainda me quiserem tudo bem, senão, tudo bem na mesma», confessou o jogador.

O veterano avançado comentou ainda os 101 golos que, desde último fim de semana, soma, ao longo da carreira, na I Liga portuguesa.

«É uma marca bonita, que está limitada a pouco menos de quarenta jogadores. Julgo que a atingiria mais cedo se jogasse sempre em Portugal, mas passa a ficar registado no meu currículo e na memória», disse João Tomás.

O avançado garantiu ainda que, neste momento, já tem poucos objetivos pessoais por cumprir.

«Em termos individuais já tenho pouco mais a atingir. No final desta época terei 38 anos, e nesta fase da carreira, já posso pensar a muito curto prazo. Por enquanto sinto-me bem e em condições para ajudar a equipa, mas não se sabe o dia da manhã», referiu.

Garantindo que se sente bem em Vila do Conde, o avançado não põe, no entanto, de parte a possibilidade de rumar a outras paragens, mesmo antes do final do campeonato.

«Na nossa vida de jogadores, a mala de viagem tem de estar sempre pronta para sair. Não é coisa que esteja a pensar, mas nunca se sabe», disse Tomás, acrescentando:

«Por enquanto não tive propostas, mas podem surgir momentos em que terei de decidir.»

A renovação pelo Rio Ave, por mais uma época, também é algo que João Tomás não «põe de parte», assim como lutar por ser o melhor marcador português do campeonato.

»Já não tenho de o ser, até é vergonhoso para os outros que jogam, mas garanto que vou dar luta aos miúdos mais novos, que também precisam de ser ‘picados'», disse o experiente avançado.