Joaquim Evangelista insurgiu-se esta quinta-feira contra o mecanismo de controlo salarial da Liga, cujos números devem ser conhecidos nos próximos dias.
À margem da apresentação do livro de Manuel Sérgio, "O Futebol e Eu", o presidente do Sindicato de Jogadores contestou a medida que vincula os futebolistas a fazerem prova do pagamento do salário em vez dos clubes, ou seja, das respetivas entidades patronais.
"Não vale tudo. O nível é muito rasteirinho e nesta matéria do incumprimento salarial e do controlo financeiro é isso mesmo: uma treta. Por muita moral que alguns dirigentes queiram fazer passar no futebol português, infelizmente não é essa a realidade. Há jogadores que se debatem com problemas. Permitimos que haja formas de provar o pagamento que não são aceitáveis atualmente... permitir que seja o jogador a provar o pagamento que deve ser feito pela entidade patronal, através de uma declaração que estão condenados a aceitar em virtude da situação de fragilidade em que se encontram, é inaceitável", afirmou o líder do Sindicato aos jornalistas.
Joaquim Evangelista foi ainda mais longe e garantiu que vai fazer tudo para colocar um ponto final nesta medida. "Não estou aqui para fazer fretes ao futebol português e o que exijo é respeito por quem trabalha. Desse ponto de vista, este assunto vai merecer a nossa atenção para acabar com esta medida em concreto", frisou.
Paralelamente, Joaquim Evangelista apelou aos clubes para contribuírem para a legalidade desta questão em vez de criticarem no final da época a desigualdade na competição. "Esta é a altura certa para exigir igualdade na competição. Que o façam agora e peçam respeito pelo cumprimento da situação. A maioria dos clubes tem a noção que nesta matéria não pode atirar pedras aos outros e somos nós que temos facilitado a vida aos clubes para continuarem a competir", concluiu.
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