José Couceiro não escondeu alguma tristeza por o Estoril ter deixado escapar a vitória sobre o FC Porto nos descontos, mas preferiu vincar o orgulho nos seus jogadores pelo empate (2-2) alcançado nesta 10ª jornada da Liga.

"Para nós é uma desilusão, porque é morrer na praia. Já nada o fazia prever, apesar de o FC Porto ter tido mais bola. Acho que foi um jogo muito emotivo, com grande incerteza quanto ao resultado. Obviamente sabíamos que íamos ter problemas. Em princípio ganha-se sempre pontos quando se joga com o FC Porto. Isso é retirar mérito ao Estoril, pois disse aos jogadores que tinham de ter orgulho no que fizeram. Se podíamos ter ganho três pontos? Claro que sim", declarou o técnico estorilista na conferência de imprensa após a partida.

Reconhecendo alguma fadiga física da sua equipa na segunda parte, o treinador dos canarinhos rebateu também as críticas de Julen Lopetegui à arbitragem de Artur Soares Dias. "[Lance de Tozé?] No campo pareceu-me penálti, tal como na primeira parte me pareceu sobre o Kuca e aí a punição disciplinar mudava por completo o jogo.
Eu não iria por aí, acho que foi um jogo muito intenso. Se formos fazer o levantamento acho que há razões de queixa dos dois lados. Não penso que o resultado tenha tido influência da arbitragem. Há erros, tal como há erros nossos", frisou.

Por fim, José Couceiro teceu rasgados elogios a Tozé, que chegou esta época à Amoreira proveniente do FC Porto e apontou o penálti contra a sua antiga equipa. "Tozé é um grande profissional. O ele ser portista... coloquei-lhe a questão antes do jogo. Não façam pressão sobre o Tozé, tem um grande orgulho no seu passado. E tenho muito orgulho em ter um jogador tão inteligente e profissional. Obviamente sei que se falhasse diriam que ele estaria "feito" com alguém... mas sei que vivemos neste clima permanente de suspeição. Normalmente valoriza-se o que não se deve valorizar", concluiu.