osé Eduardo Moniz, vice-presidente da Ongoing Media, admitiu hoje que vai mesmo integrar a lista de Luís Filipe Vieira nas próximas eleições do Benfica, prontificando-se para «o que for necessário» em termos de funções.
Em entrevista ao Telejornal, da RTP, Moniz revelou que hoje mesmo ligou a Vieira, para confirmar que estava disponível para trabalhar com o clube.
«Disse-lhe que como soldado benfiquista me apresentava na praça para o que fosse necessário», explicou, sem confirmar as notícias da imprensa de hoje que o apontavam como candidato a vice-presidente e administrador da SAD. «Não há acordo nenhum, ele sabe que conta comigo para ajudar a que o Benfica volte a ser o que era».
José Eduardo Moniz, antigo diretor da TVI, chegou a pensar candidatar-se contra Vieira, nas últimas eleições, há três anos, mas acabou por não avançar e agora aparece ao lado do atual presidente, a quem manifestou solidariedade após o "chumbo" das contas do clube, na última Assembleia-Geral.
«O que se passou nessa AG foi um escândalo, não é digno de um clube da dimensão do Benfica», disse Moniz, reforçando que nunca foi yes man" de ninguém e que não se coíbe de fazer críticas, mas que agora é tempo de se avançar de forma unida.
As diferenças são passado: «Vamos pôr um ponto final nas divergências. Luís Filipe Vieira tem feito um bom trabalho, dentro das limitações que tem vindo a encontrar. O Benfica não pode voltar a estar à mercê de aventureiros ou especuladores».
Moniz defendeu que é natural que sejam «os melhores» a contribuir para o futuro do Benfica, comparando com a realidade do país, em que «são as segundas, terceiras ou quartas linhas a governar, porque os melhores não avançaram».
«Quero ver o Benfica forte, diferente, e quanto mais bem acompanhado o presidente estiver, melhor. Vou com a mesma alma que tinha em miúdo, quando vibrava com as vitórias do Benfica europeu», disse ainda.
As eleições para os órgãos sociais do Benfica realizam-se a 26 de outubro e Luís Filipe Vieira deverá anunciar formalmente no sábado a sua candidatura, aguardando-se a posição do juiz Rui Rangel, que se tem escusado a comentar as notícias que o apontam como potencial adversário do atual presidente.