O treinador José Gomes afirmou hoje que o Marítimo "vai dar a volta" à desvantagem de 2-1 frente ao Estrela da Amadora, na segunda mão do play-off de acesso à I Liga portuguesa de futebol.
“Estamos no intervalo de uma decisão, onde estamos em desvantagem por 2-1, e temos 90 e tal minutos para dar a volta, e é isso que nos compete. Vamos dar a volta à situação que temos pela frente”, destacou o treinador do Marítimo, referindo que o emblema insular “está consciente da realidade”, pois a pressão acompanhou os ‘verde rubros’ ao longo de toda a temporada.
Em conferência de imprensa, o técnico, de 52 anos, fez questão de lembrar que o Marítimo nunca abandonou os lugares de descida na presente campanha, tendo alcançado já na ponta final o lugar de acesso ao play-off, realçando que “infelizmente a equipa viveu sempre debaixo de pressão” e que agora não é exceção.
“Essa pressão é inerente àquilo que está em jogo, porque estamos a defender os interesses de muitas famílias, de uma região, de um histórico e, até diria, a defender o futebol português por aquilo que representamos de beleza, espetáculo e presença no estádio”, frisou o ‘timoneiro’ dos ‘leões’ do Almirante Reis.
Segundo José Gomes, este não só é o jogo mais importante dos últimos anos, como também é “importante para aquilo que será o futuro próximo” do emblema que atua há 38 anos consecutivos no patamar mais alto do futebol português.
“Compete-nos dar o nosso melhor, mostrar que somos nós a equipa que merece jogar a I Liga e que somos nós a equipa da I Liga que não foi aquilo que se viu no primeiro jogo”, referiu.
O técnico enfatizou que o facto de “dizer que a realidade atual do clube Marítimo é superior e leva vantagem em relação à realidade atual do Estrela da Amadora, daquilo que representa a nível social e para o nosso futebol, não dá o direito por si só ao Marítimo de se manter na I Liga”.
O terceiro treinador dos insulares na presente campanha garantiu que dentro de campo é que será demonstrado “quem é que tem capacidade e merece estar na I Liga. “Não é andar a imaginar coisas e, depois achar que já vimos o filme, isso não existe”, completou.
“Temos de ser a equipa forte ofensivamente que temos vindo a ser em casa, retirar os deslizes que nos desequilibraram defensivamente, no momento da perda, e entrarmos realmente muito fortes”, sublinhou.
O terceiro classificado da II Liga esteve em vantagem por 2-0, na primeira mão, disputada na Reboleira, tendo Cláudio Winck resgatando a esperança maritimista ao reduzir a distância para 2-1, ao minuto 87.
Winck já tinha sido sido peça fundamental na antepenúltima ronda da I Liga, marcando o golo que permitiu o acesso ao play-off, diante do Vizela, aos 90+4, mas o técnico maritimista recusou “destacar individualidades”.
“É pelo resultado 2-1. Se não tivéssemos sofrido os dois golos, com o golo do Cláudio Winck tínhamos ganho 1-0. Sofremos os dois golos, porque existiram erros. Não há que destacar individualidades, temos este resultado, porque sofremos [golos] por erros de algum jogador e marcámos por mérito de algum jogador”, destacou.
Sobre o adversário que procura subir ao principal escalão 14 anos depois, o técnico dos madeirenses garante que será “à semelhança do que tem sido, fortíssimo a juntar as linhas e a espreitar o contra-ataque sempre que o adversário permitir”.
O Marítimo recebe às 20:15 de domingo o Estrela da Amadora para a segunda mão do play-off de manutenção, num encontro com arbitragem João Pinheiro, da associação de Braga.
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