José Mota relativizou hoje as saídas de jogadores importantes do Desportivo das Aves, quando a equipa da I Liga de futebol procura fugir aos lugares de despromoção, considerando que "os treinadores são, muitas das vezes, impotentes nestas situações".

O técnico do Aves, que falava à margem da antevisão ao jogo de sexta-feira com o Feirense, para a 17.ª jornada, preferiu não fazer um caso das saídas de El Adoua e, mais recentemente, de Nildo Petrolina, jogadores influentes na estratégia avense.

"[El Adoua e Nildo] São jogadores importantes, estavam a jogar e, como treinador, tenho pena. São situações que a SAD tenta resolver. Como treinador, não queria isto, mas são coisas que nos ultrapassam e temos pouco a fazer", afirmou.

Mota também não conseguiu garantir a continuidade de Amilton, argumentando que, "atualmente, com a reabertura do mercado, todos os jogadores podem sair".

"Há o negócio, a ambição dos próprios jogadores e os treinadores, muitas das vezes, pouco ou nada podem fazer. Tento arranjar soluções que nos garantam solidez e resultados. E, neste momento, é com estes que tenho de conseguir resultados", acrescentou.

O treinador do Aves juntou ao lote de opções disponíveis alguns jogadores sub-23 que têm trabalhado com o plantel principal e que, "a qualquer momento, podem ser chamados a ajudar".

O reforço do plantel está, por agora, condicionado à regularização das dívidas ao fisco e à segurança social, mas, mais uma vez, José Mota procurou desvalorizar o caso, afirmando que não é a primeira vez que isto acontece em equipas que orienta e que é necessário "ter paciência e confiança nas pessoas", certo de que "isso vai ser resolvido".