Chegou a Alvalade em 2004, depois de passar pelo Real Madrid como adjunto de Carlos Queiroz. Veio substituir Fernando Santos na tentativa de subir o nível da equipa e torná-la uma das candidatas ao título. Na primeira temporada em Alvalade só conseguiu levar a equipa ao terceiro lugar apesar de ter estado perto do título. As derrotas com o Benfica e Nacional nas últimas duas jornadas atiraram o Sporting para o terceiro lugar e arrancaram a esperança de Peseiro.
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Na Taça UEFA a situação foi bastante parecida. A equipa fazia um percurso de louvar, deixava para trás equipas como o Newcastle, AZ Alkmaar, Feyenoord e Middlesbrough. E assim, chegou à final. Quando os sportinguistas já preparavam a festa, os 'leões' escorregaram de frente com o CSKA de Moscovo por 3-1. Já em 2005/2006 conseguiu que os 'leões' ficasse em segundo lugar, atrás do FC Porto, mas à frente do Benfica.
A saída
Ainda começou a terceira época no comando do Sporting, mas depois de uma derrota por 1-0 contra a Académica acabou por apresentar a demissão ao então presidente, Dias da Cunha.
“Espero que a confiança seja restabelecida com a minha saída. Neste momento assumo o insucesso, sabendo que os jogadores vão dar a volta por cima. Gostaria que lhes dessem serenidade e dessem calma ao meu sucessor. Esta equipa precisa de confiança”, foi assim que Peseiro se despediu há 13 anos atrás, acrescentando que “foi um orgulho grande ser treinador do Sporting. Não consegui títulos. Peço desculpa a todos e em especial ao presidente pelo facto de a equipa não ter ganho tanto, mas também me lembro dos momentos de grande qualidade que demonstrámos em Portugal e na Europa”.
O percurso
Em Portugal, treinou o Nacional da Madeira (1999-2003), o Sporting de Braga (2012/2013 e 2016/2017), o Futebol Clube do Porto (2015/2016) e mais recentemente o Vitória de Guimarães (2017/2018).
No estrangeiro, José Peseiro foi treinador-adjunto do Real Madrid (2003/2004 com Carlos Queiroz) e treinador principal do Al Hilal em 2006/2007 (Arábia Saudita), do Panatinaikos em 2007/2008 (Grécia), do Rapid Bucareste em 2009 (Roménia), da seleção da Arábia Saudita (2009-2011), do Al Wahda entre 2013 e 2015 (Emirados Árabes Unidos), do Al-Ahly em 2015/2016.
O regresso
Agora, aos 58 anos de vida e 22 de carreira, José Peseiro regresso à casa onde esteve perto de ser feliz, com a promessa que desta vez será mesmo. "Há 14 anos, entrei nesta sala - acho que foi nesta - com muita emoção, muita motivação e com muita responsabilidade para defender as cores deste clube. Era muito mais jovem. Disse, na altura, com recursos muito menores do que Benfica e FC Porto, que queria ganhar o campeonato e chegar à final da liga Europa que se disputava no estádio de Alvalade. Quase conseguimos. Agora, com mais experiência - os anos permitiram-nos refletir sobre o que éramos e o que somos -, aqui estamos, com a mesma coragem, confiança, motivação. Temos uma massa associativa exigente, mas também tolerante. Num momento em que o clube passou por um momento turbulento, é preciso criar um clima de serenidade. Vamos partir para isto."
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