João Vieira Pinto e José Veiga sentam-se hoje no banco dos réus da 6.ª Vara do Tribunal Criminal, no Campus da Justiça de Lisboa, devido ao caso de alegada fraude fiscal e branqueamento de capitais no processo de transferência do antigo internacional português para o Sporting, em julho de 2000.

A Polícia Judiciária (PJ) teve acesso a documentos emitidos pela sociedade Goodstone, relativos a um pagamento de prémio de assinatura, no valor de 3,4 milhões de euros. A PJ provou ainda que a Goodstone possuía os direitos desportivos de João Pinto e que José Veiga detinha poderes de representação da sociedade, que estava sediada num paraíso fiscal.

Neste processo foram ainda indiciados Luís Duque e Rui Meireles, que ocupavam nessa data os cargos de presidente e administrador da SAD do Sporting. Passados 12 anos, Duque volta a estar à frente dos destinos do futebol dos leões.

A investigação da Polícia Judiciária e do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) começou em 2005, tendo a acusação do Ministério Público (MP) sido deduzida há cerca de um ano.

A acusação indica que o prémio de assinatura de transferência do jogador, no valor de cerca de 3,4 milhões de euros, foi omitido no contrato, lesando assim o Estado no valor correspondente ao imposto por cobrar.

O Ministério Público avançou com um pedido de indemnização cível no valor total de 678.490,23 euros.