Julio Velázquez deixou o comando técnico do Vitória de Setúbal no início deste mês, ao fim de 21 jogos, tendo sido substituído por Lito Vidigal. Em entrevista ao jornal A Bola, o técnico espanhol explicou os motivos da saída.
"Vou ser sincero: aquando da anterior direção e do tal convite para renovar depois de um mês de trabalho, considerei cedo, pois seria necessário avaliar o decurso de muitas coisas. Depois, mudou a liderança e, em diferentes ocasiões, também me falaram de renovar - é público, o presidente e o diretor desportivo disseram-no. E de um projeto", começou por dizer Julio Velázquez.
O técnico admitiu que pensou orientar a equipa até ao final da época.
"Era o meu objetivo, mas achei melhor para mim e para o clube mudar-se já. Se queriam continuar a fazer o que estavam a fazer, achei melhor que o fizesse com outro treinador. Mas considerei a renovação porque fui feliz em Setúbal e no Vitória e teria gostado de renovar, mas tinha de haver ambição, condições, de acordo com a história, a proximidade, a presença, a importância e o número de adeptos. Uma semana antes de decidir sair, repare, enviei ao director desportivo as datas de pré-época com os possíveis jogos amigáveis. Ele poderá confirmá-lo. Estava com intenção de ficar. Mas tive de ser digno e respeitar o que penso, e não estava a concordar com a forma como esta direção estava a gerir o clube", explicou.
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