O candidato à presidência do Vitória de Guimarães, Júlio Vieira de Castro, afirmou hoje que o atual presidente e também candidato às eleições de 24 de março, Júlio Mendes, parece, por vezes, lidar mal com a democracia.

O líder do movimento 'Novo Vitória' formalizou a sua candidatura no Estádio D. Afonso Henriques ao final da tarde, e, depois de o seu adversário eleitoral, ao início da tarde, ter dito que a concorrência neste ato surgiu face aos resultados desportivos - a equipa é nona no campeonato -, reiterou que as eleições decorrem em março, de três em três anos, "conforme determinam os estatutos".

"As eleições são em março deste ano. Quem determina a periodicidade das eleições são os estatutos, não é a vontade de ninguém. No limite, fico com a ideia de que alguém se dá mal com a democracia", disse.

Júlio Vieira de Castro acrescentou que, em democracia, as ideias, os candidatos e as listas surgem quando há eleições, e não "quando alguém determina", e rejeitou que a sua candidatura se deva aos resultados desportivos da presenta época, tendo dito que a mesma começou a ser pensada em janeiro de 2017.

"Os resultados desportivos nada têm a ver. A nossa vontade de mudar é anterior aos resultados negativos desta época, é anterior à humilhação que sofremos no último jogo em casa, contra o nosso maior rival [derrota ante o Sporting de Braga, por 5-0]", salientou.

O candidato à presidência dos vitorianos realçou que o que pode favorecer a sua pretensão não são os últimos resultados desportivos, mas o facto de outros sócios não estarem "satisfeitos" com o rumo do Vitória nos últimos anos "em termos de gestão desportiva", e mostrou-se otimista na vitória nas urnas.

"Estamos convencidos que a maioria dos sócios optará pelo nosso programa, porque, tal como disse, acreditamos que a maioria dos sócios, tal como nós, pretende uma mudança, um novo rumo, uma nova ambição para o Vitória Sport Clube", referiu.

Júlio Vieira de Castro realçou que a sua lista se constituiu como "alternativa" para dar "um rumo de ambição, com alegria e sem humilhações" aos vitorianos e lutar pelo "superior interesse" da instituição.

"O superior interesse do Vitória passa por dar estabilidade aos seus atletas e funcionários, passa por gerir com qualidade, passa por defender o clube nas instâncias desportivas, passa por defender os seus sócios e os seus adeptos", frisou.

Questionado sobre o treinador da equipa principal de futebol - Pedro Martins deixou o clube no domingo, após a goleada sofrida no dérbi minhoto, da 23.ª jornada da I Liga -, o candidato recusou comentar a situação.

A candidatura de Júlio Vieira de Castro à direção do Vitória de Guimarães inclui ainda os nomes de Pedro Meireles, José Maria Gomes Alves, Duarte Magalhães e João Nuno Pacheco para a vice-presidência.

Os candidatos à presidência dos restantes órgãos sociais são Pedro Freitas (Assembleia Geral), Rui Rodrigues (Conselho Fiscal) e João Ildo Freitas (Conselho de Jurisdição).