O Sporting foi à Madeira vencer o Nacional por 1-6, em jogo da segunda jornada da Primeira Liga. Pedro Gonçalves, Francisco Trincão e Viktor Gyokeres, ambos por duas vezes e Daniel Bragança fizeram os golos da vitória leonina, que assim se junta ao FC Porto na liderança do campeonato.
Depois de uma primeira parte muito disputada, o segundo tempo trouxe o afundamento total dos madeirenses, permitindo a clube de Alvalade ir gradualmente aumentando a sua vantagem no marcador, até chegar à goleada.
O tempo estava quente, e o jogo foi aquecendo
Perante a ausência do capitão Morten Hjulmand, o treinador Rúben Amorim fez apenas uma alteração relativamente à equipa que começou o campeonato diante do Rio Ave, fazendo entrar Daniel Bragança para o meio-campo.
Do lado do Nacional, Tiago Margarido também apenas mexeu numa peça, em comparação com a equipa que iniciou a partida diante do AVS; tal como Amorim, o técnico dos madeirenses também mexeu no meio-campo, fazendo entrar Bruno Costa para o lugar de Miguel Baeza.
Os madeirenses entraram afirmativos na partida, beneficiando de alguns erros de construção por parte do Sporting para chegar perto da baliza de Kovacevic. Em menos de cinco minutos, os insulares remataram por duas vezes, mas sem que o guardião leonino fosse obrigado a aplicar-se.
Com o passar dos minutos, os leões foram conseguindo estabilizar o seu jogo e trocar a bola em zonas mais adiantadas do terrento, perante um Nacional que convidava o adversário ao seu meio-campo, esperando um erro para lançar rápidos contra-golpes.
A partida jogava-se lentamente, e mormente no meio-campo do Nacional, onde o Sporting ia pacientemente procurando espaços para tentar chegar perto da baliza dos aurinegros, muito através dos corredores.
E como a paciência é uma virtude, a equipa de Alvalade acabou por ser recompensada com o primeiro golo do jogo; recuperação adiantada de Gonçalo Inácio aos 16 minutos, Pedro Gonçalves pegou na bola e partiu para dentro da área onde, já apertado, rematou cruzado para o 0-1.
Apesar do golo, a toada do jogo manteve-se, os leões continuavam por cima e continuavam a ameaçar; Francisco Trincão aos 26 e Quenda aos 27 assustaram o guarda-redes Lucas França. Mas os madeirenses não se remetiam somente à defesa, e aproveitavam para criar perigo quase sempre que chegavam junto da área leonina.
À passagem da meia-hora Eduardo Quaresma negou o remate a Appiah já dentro da área, e logo a seguir foi Kovacevic a negar o golo a Adrián Butzke. Logo a seguir Luís Godinho fez uma pausa para os jogadores se hidratarem, e os madeirenses continuaram a carregar, conseguindo chegar ao empate. Aos 36 minutos, Matheus Dias lançou Nigel Thomas em velocidade, e o extremo lançou um míssil cruzado, não dando quaisquer hipóteses de defesa a Kovacevic.
O golo galvanizou a equipa da casa que tentou manter o mesmo ritmo, mas o campeão nacional não tremeu e voltou a colocar-se na frente do marcador. Apenas cinco minutos após o golo dos insulares, Pedro Gonçalves assistiu Francisco Trincão que foi progredindo dentro da área até rematar cruzado para fazer o segundo dos visitantes, que foram assim em vantagem para os balneários.
À meia-dúzia é mais barato
Para a entrada na segunda parte, Tiago Margarido fez avançar o bloco e pressionar o Sporting junto à sua grande área. Tal como acontecera na primeira parte, os insulares tiveram os primeiros lances de perigo; Appiah aos 48 e Luís Esteves aos 49 obrigaram Kovacevic a aplicar-se com duas boas defesas.
Apesar da boa entrada dos madeirenses, foi o Sporting quem chegou ao golo; Quenda foi travado dentro da área por Bruno Costa e, da marca dos onze metros, Viktor Gyokeres não descurou a oportunidade e fez o 1-3.
Perante um Nacional já a revelar debilidades físicas, de tal forma que Tiago Margarido foi obrigado a duas alterações forçadas, o leão viu a presa ferida e capitalizou.Aos 57 minutos Matheus Dias facilitou muito dentro da área e deixou Catamo sozinho na cara de Lucas França; o moçambicano serviu Trincão no coração da área para um golo fácil.
O jogo estava resolvido e o Sporting dominava a seu belo prazer, agora com mais espaço, perante um Nacional já sem forças para esboçar qualquer tipo de reação. Com o encontro totalmente controlado, os comandados de Rúben Amorim aproveitaram para aumentar ainda mais a vantagem.
Canto estudado pela direita com Pedro Gonçalves a servir Daniel Bragança, que, no meio de vários jogadores do Nacional, atirou em jeito para o 1-5 para um golo de belo efeito.
Restava agora apenas saber por quantos é que os campeões nacionais iriam ganhar e Gyokeres fez questão de não deixar o marcador nos cinco; 76 minutos e o recém-entrado Debast lançou o sueco em velocidade que na passada rematou com muita violência para o fundo das redes nacionalistas.
O Sporting consegue assim uma vitória folgada na Madeira. Os leões estiveram quase sempre por cima na primeira parte e souberam controlar o ímpeto dos madeirenses na parte final do primeiro tempo. Na etapa complementar, os campeões nacionais souberam aproveitar a grande quebra física do Nacional para chegar à goleada.
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