E tudo acabou como começou: com um empate (1-1). Não foi a zero, porque Rui Patrício e, sobretudo, Artur não estiveram ao seu melhor nível, mas o primeiro dérbi do campeonato entre Benfica e Sporting cumpriu as expectativas: um jogo emotivo, sem receios e bem disputado.
Num estádio da Luz praticamente cheio, com 61.895 espetadores, o primeiro aviso pertenceu ao Sporting. Aos 3', Slimani esteve perto do golo, com o seu cabeceamento após um canto de Jefferson a sair ligeiramente ao lado. O lance só foi possível graças a uma falha de Artur. Era o mote para a tarde negativa do guardião brasileiro.
Os encarnados não se deixaram atemorizar pelo susto inicial e cresceram gradualmente, por intermédio das ações de Salvio e Gaitán. E seria pelos pés dos dois argentinos que o resultado se iria desbloquear, aos 12'. Salvio fugiu pelo lado direito, entregou a Maxi Pereira e o uruguaio deixou para Gaitán, que finalizou colocado para 1-0, num remate em que Rui Patrício ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar o golo.
A vantagem encarnada era a expressão da maior determinação dos anfitriões, mas essa confiança caiu por terra por Artur. Depois de defender várias grandes penalidades que lhe garantiram a titularidade neste arranque, esse estatuto pode ter sido perdido para Júlio César com a falha desta noite. Aos 20', num lance em que Eliseu atrasou para o guardião e este estava pressionado por Carrillo e Slimani, Artur foi incapaz de aliviar, rematando contra o peruano. A bola ficou para Slimani encostar para o golo do empate. Foi o regresso perfeito do argelino ao Sporting, depois do seu longo afastamento.
O jogo entrou numa fase mais repartida, mas onde os leões surgiam agora mais personalizados e atrevidos, capitalizando a insegurança que Artur transmitiu aos encarnados... tanto no relvado, como nas bancadas. Assim, as melhores ocasiões pertenceram então aos leões, com Slimani (29') e Sarr (39') a estarem perto do golo. O jogo acabaria por chegar ao intervalo com o 1-1 no marcador.
No segundo tempo, o Benfica regressou mais forte e remeteu o Sporting à sua defesa. Salvio foi então o grande protagonista do encontro, desperdiçando ocasiões de golo (49' e 62) claras. O campeão nacional crescia então na partida e galvanizava os seus adeptos. A equipa de Jorge Jesus dominava agora claramente o jogo, mas expunha-se também a contra-ataques perigosos dos leões, procurando sempre Slimani.
A falta de eficácia encarnada acabou por despertar o Sporting. Marco Silva sentiu essa reação e mexeu rapidamente na equipa. Primeiro foi Capel, depois Carlos Mané e Rosell. Ato contínuo, os leões aliviaram a pressão do anfitrião e começaram a chegar cada vez mais perto da baliza de Artur. O brasileiro conseguiria 'limpar um pouco a face' ao negar o golo a Jefferson e Slimani, já perto do apito final.
Pedro Proença apitaria pouco depois para o fim do jogo, colocando o 1-1 como ponto final no primeiro dérbi desta temporada.
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