A Comissão de Instrução e Inquéritos (CII) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) considerou hoje que as declarações do treinador do Benfica, Jorge Jesus, sobre o árbitro Carlos Xistra não foram ofensivas, arquivando o processo disciplinar.

No final do encontro com a Académica (2-2), da quarta jornada da I Liga, Jorge Jesus criticou a arbitragem de Carlos Xistra, considerando que as duas grandes penalidades favoráveis aos “estudantes” não existiram.

Em comunicado, a CII lembrou que «o Regulamento Disciplinar da Liga não qualifica como ilícitos disciplinares toda e qualquer declaração prestada» no final dos jogos, a não ser que «sejam ofensivas da honra e da reputação dos elementos da equipa de arbitragem».

«As declarações prestadas pelo Exmo. senhor Jorge Fernando Pinheiro Jesus, depois do jogo (...), não ofendem a honra e a consideração de qualquer elemento da equipa de arbitragem, não passando ‘o limite do razoável’, como foi reconhecido por declaração pública do Exmo. presidente da APAF [Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol]», segundo a deliberação, hoje divulgada no sítio oficial da LPFP na Internet.

A CII refere, contudo, que «a irrelevância, como ilícito disciplinar, das presentes declarações não prejudica a existência de outros procedimentos, em curso e atinentes a outras declarações públicas relativas à arbitragem».

De acordo com o Regulamento Disciplinar da LPFP, esta decisão é passível de recurso num prazo de cinco dias.