A taxa média de ocupação dos estádios nas nove partidas da jornada inaugural da edição 2023/24 da I Liga subiu praticamente 10% face a 2022/23, destaca Rui Caeiro, diretor executivo da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

“O adepto tem de estar no centro do futebol. Essa tem vindo a ser a política seguida pela LPFP e, de novo, é a nossa aposta forte para esta época. Obviamente, a competitividade da I Liga foi uma evidência nesta jornada e isso entusiasma os adeptos. Para nós, é uma nota muito positiva que esta temporada desportiva tenha iniciado tão bem, no sentido em que queremos sempre um campeonato competitivo”, reiterou à agência Lusa o dirigente.

Os recintos somaram uma média de assistências de 59,91%, que, em termos do histórico de aberturas da prova, foi a mais alta das últimas cinco épocas e a terceira melhor desde que há registo, num fim de semana em que, dos ‘grandes’, só o Sporting jogou em casa.

A LPFP relaciona esta subida de afluência com as campanhas de promoção ao regresso dos adeptos e das famílias aos estádios, que estão a ser desenvolvidas em sintonia com uma cadeia de hipermercados e permitem a venda de bilhetes a preços mais acessíveis.

“Esta parceria está a deixar-nos muito orgulhosos do seu resultado e insere-se na política de procurar trazer novos públicos, que tinham deixado de estar nos estádios e que agora podem lá estar. Estamos a criar condições para que isso seja possível. É um início muito auspicioso de uma época que acreditamos que terá sucesso nesta dimensão. A parceria deixa-nos esse sentimento de que temos estado no bom caminho”, observou Rui Caeiro.

A campanha, à qual o Vitória de Guimarães rejeitou aderir, disponibiliza mais de 200.000 bilhetes a partir desta época e até 2027, com os embates que incluem Benfica, FC Porto, Sporting de Braga ou Sporting e da final four da Taça da Liga a custarem 20 euros e as restantes partidas das I e da II Ligas a apresentarem o valor de cinco euros por ingresso.

“O período da pandemia [de covid-19] foi terrível para as sociedades desportivas, para o futebol e para a sociedade, mas cumpre-nos agora ultrapassar estes momentos e dar as condições aos adeptos. Estas políticas comerciais fazem parte de uma estratégia ampla, mas é fundamental que haja parceiros de grande dinamismo, qualidade e entrega, que comungam os nossos objetivos. Estamos certos de que isto irá ser um sucesso e vamos continuar a potenciar a marca LPFP e o futebol português”, apontou o diretor executivo.

Os indicadores de subida das assistências “também se aplicaram” à II Liga, cuja jornada inaugural termina apenas na quarta-feira, com a receção do recém-despromovido Santa Clara ao Torreense, levando, entre os dois escalões profissionais, 13 dos 16 clubes que jogaram como anfitriões a superarem as suas médias de espectadores da última época.

Vários estádios tiveram lotação esgotada ou muito perto disso, como foram os casos dos primodivisionários Sporting de Braga (63,3%), Sporting (73,6%), Boavista (77,9%), ao ter pela frente o campeão nacional Benfica, e Moreirense (92,2%), cujo regresso à elite foi apadrinhado pelo FC Porto, e dos ‘secundários’ Oliveirense (89,8%) e Nacional (76,9%).

“Estas políticas comerciais têm grande protagonismo pela sua capilaridade ao longo do território nacional. Estamos seguros de que estas taxas de presença vão crescer na I e II Ligas”, afiançou Rui Caeiro, sublinhando que a operação “correu muitíssimo bem e não houve problemas” entre adeptos nas zonas dos recintos abrangidas por esta campanha.