Depois de passado praticamente um ano depois de ter assumido a presidência da APAF, Luciano Gonçalves fez o balanço e defende que os casos de violência aos árbitros sejam erradicados do futebol.
"Claro. No âmbito desportivo, os agressores têm que ser punidos de forma exemplar e célere. De norte, a sul, não há o mesmo critério nas associações. No âmbito civil, estes casos de agressões a árbitros não podem continuar a morrer à entrada dos tribunais. A imagem que passa é de impunidade sempre que um árbitro é agredido", começou por dizer em entrevista ao jornal O Jogo.
O dirigente defende "castigos mais céleres" e recorda que se emocionou quando viu a agressão do jogador do Canelas Marco Gonçalves ao árbitro José Rodrigues.
"Castigos mais céleres, exemplares, e que se dê aos castigos a mesma visibilidade a que se dá às agressões. O impacto das agressões não é o mesmo das punições. Agressão a José Rodrigues? Chorei quando vi. Custou muito ver o José Rodrigues ser agredido daquela forma".
O líder da associação de árbitros considera que ainda não existe um verdadeiro profissionalismo na arbitragem portuguesa.
"Há um falso profissionalismo em Portugal. Uma equipa de arbitragem só é igual quando todos forem profissionais. Mas a Federação e o CA (Conselho de Arbitragem) estão a trabalhar para que a arbitragem a curto prazo seja verdadeiramente profissional", sublinhou.
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