O treinador Luís Castro realçou hoje que o Vitória de Guimarães precisa de recuperar a confiança, afetada pelas duas últimas derrotas na I Liga portuguesa de futebol, para vencer o dérbi com o Moreirense, da 17.ª jornada.
Após os desaires com Nacional e Belenenses - ambos por 1-0 -, a seu ver explicados pela inoperância do processo ofensivo e por "alguma infelicidade", o técnico admitiu que houve um "trabalho de moralização" do grupo, de forma a prepará-lo para bater, na sexta-feira, uma equipa que, graças à série de quatro vitórias que vive - a melhor de sempre na I Liga -, destronou os vitorianos do quinto lugar.
"O fundamental é retomarmos a confiança no caminho percorrido para chegar à vitória frente a um Moreirense competente. O [treinador] Ivo Vieira tem feito um trabalho fantástico. Isso leva a equipa de Moreira [de Cónegos] a estar no quinto lugar, um lugar muito procurado por nós, porque estamos em sexto", disse, na conferência de antevisão ao jogo, marcado para o Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.
Apesar de ter reconhecido que o "aspeto mental" é, neste momento, o "mais debilitado" entre os seus jogadores, Luís Castro disse que o Vitória vai aparecer em campo a "querer construir jogo a partir de trás", "sempre com a baliza nos olhos", para alcançar o triunfo e igualar os 28 pontos de um adversário que, no seu entender, também vai apresentar em campo uma postura ofensiva.
O ‘timoneiro’ vitoriano reconheceu ainda que, face aos desempenhos até agora protagonizados pelos dois emblemas, os ‘cónegos' são "uma das grandes equipas" da prova e um rival na luta pelo quinto lugar, que pode dar acesso à Liga Europa, tendo ainda frisado que o valor de cada equipa se faz de trabalho e não de estatuto.
"Às vezes ouço que aquela instituição merece estar à frente da outra, por causa do estatuto, mas a vida faz-se da prática e não das palavras. Já é rival, porque é o nosso próximo adversário. Todos os nossos próximos adversários são rivais. Em termos de classificação, o Moreirense merece muita atenção pelo que tem feito", reiterou.
O treinador rejeitou, porém, uma pressão maior associada ao jogo e à disputa do quinto lugar, uma vez que a pressão, disse, advém do facto de se querer sempre ganhar e sente-se sempre da "mesma forma" nas horas que antecedem o jogo.
O duelo com o Moreirense inicia um ciclo de três jogos numa semana - os vitorianos vão receber depois o Benfica, para a Taça de Portugal, na terça-feira, 15 de janeiro, e para o campeonato, na sexta-feira, 18 -, mas o técnico realçou que a equipa vai ter capacidade para se gerir, havendo apenas a possibilidade de se ressentir fisicamente ao terceiro jogo.
Luís Castro comentou ainda as notícias que o associaram ao Benfica, tendo dito que "quatro, cinco ou seis derrotas seguidas" podem "deitar por terra tudo o que fez de bom" ao serviço do Vitória e ditar a sua saída, e criticou também a "instabilidade" gerada nos plantéis e nas instituições pelo mercado de transferências de inverno, que, a seu ver, "não devia existir" ou ter uma duração máxima de cinco dias.
O Vitória de Guimarães, sexto classificado, com 25 pontos, recebe o Moreirense, quinto, com 28, às 21:15 de sexta-feira, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.
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