O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, dispensou hoje “qualquer tipo de euforias” em torno da equipa de futebol, considerando que o clube ainda não ganhou nada e que o excesso de entusiasmo “pode ser prejudicial”.
“Estamos a viver uma época intensa, desafiante e motivadora, mas convém dizer bem alto que ainda não ganhámos nada, que dispensamos qualquer tipo de euforias, porque, não só não fazem sentido, como podem ser prejudiciais às nossas ambições”, afirmou.
O líder ‘encarnado’ discursava no início de um jantar com adeptos, em Beja, após a inauguração das novas instalações da Casa do Benfica da cidade e de ser recebido na câmara pelo presidente do município, João Rocha (CDU).
Luís Filipe Vieira reconheceu que “são tempos de acreditar, de apoiar a equipa e o clube”, mas advertiu que “são tempos também de ter a humildade suficiente para perceber” que o clube enfrenta ainda “um caminho estreito e difícil”.
“Nenhum cartaz vai ganhar campeonatos”, insistiu, alertando que o clube pode “falhar no final” se não tiver a humildade de reconhecer que os próximos dois meses “vão ser muito duros” e se não tiver “capacidade de ganhar os jogos”.
Nesse sentido, Luís Filipe Vieira pediu o “máximo apoio à equipa e euforia zero”, até haver “alguma coisa para festejar”.
“É verdade que o trabalho que fizemos até aqui alimentou a nossa ambição e a capacidade de podermos acreditar que somos capazes, mas temos de assumir que só em maio ganharemos alguma coisa”, referiu.
No seu discurso, o presidente do Benfica destacou a equipa de futebol, “não só pelo que fez na última semana [subida à liderança da I Liga e apuramento para os quartos de final] e foi muito, mas pela capacidade que sempre teve durante todo o ano”, manifestando orgulho por ver “uma equipa tão madura e com tantos jovens” da formação.
“Não foi fácil chegar aqui, porque nenhuma mudança é fácil”, admitiu, frisando que sempre acreditou que “é possível” a equipa “ser competitiva olhando para a formação” e que o tempo e o treinador “provaram que sim”.
O líder ‘encarnado’ considerou ainda que tem havido “muito ruído até aqui, continua a haver e vai, seguramente, aumentar”, defendendo que “a melhor resposta é o silêncio”.
“Respeitamos todos os nossos adversários e sabemos que o campeonato vai ser disputado até ao último jogo, mas quem vai decidir são os jogadores dentro de campo, mais ninguém, por muito esforço que façam”, disse.
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