O Rio Ave pretende “aproximar-se da imagem que construiu e foi reconhecida com mérito” esta temporada na receção ao Famalicão, na sexta-feira, da 34.ª e última ronda da I Liga de futebol, frisou hoje o treinador Luís Freire.
“Sabemos a imagem que demos em 95% ou mais das nossas partidas. Somos um grupo unido, que deu a vida pelo clube nos últimos dois anos, superou muitas dificuldades e se esforçou. Essa foi a grande imagem de marca da equipa, que realizou jogos de qualidade e conseguiu o seu objetivo com mérito. Queremos ser iguais a nós próprios na última vez em que vamos estar juntos este ano”, afirmou o técnico, em conferência de imprensa de antevisão à partida.
Um ano depois de terem arrebatado o título de campeão da II Liga e alcançado a subida de divisão, os vila-condenses preparam-se para terminar a sua 28.ª presença no escalão principal, tendo ainda hipóteses de finalizar a prova na metade superior da classificação.
O Rio Ave vai acabar, no pior dos cenários, na 12.ª posição, que atualmente ocupa, mas precisa de derrotar o Famalicão e, em simultâneo, aguardar que o Casa Pia (nono) perca frente ao Gil Vicente e que o Boavista (10.º) e o Vizela (11.º) não batam o Desportivo de Chaves e o Sporting, respetivamente, para acabar entre os nove primeiros classificados.
“Conseguimos coisas muito importantes para o clube. Logicamente, será sempre melhor se ficarmos no nono lugar, mas vamos à luta com o sentimento de dar o nosso melhor e acabar a época com o máximo de alegria possível. Depois, se acabarmos em nono, acho que é justo. Se calhar, para fora é diferente se ficarmos em 10.º, 11.º ou 12.º. Para nós, não acredito. O sentimento de conquista já está dentro de nós”, confidenciou Luís Freire.
Inserido numa série de duas derrotas seguidas e três jogos sem vencer, o Rio Ave pode ainda igualar os 21 pontos somados na primeira volta se bater o Famalicão, que ficou na ronda anterior sem chances de aceder às pré-eliminatórias da Liga Conferência Europa.
“Quero que a equipa se divirta em campo e tenha um compromisso à imagem de mais de 95% dos jogos desta época. Criámos sete ou oito ocasiões claras de golo no último jogo [derrota por 1-3 frente ao já despromovido Paços de Ferreira]. Tivemos vontade de jogar, de reagir forte à perda da bola e de nos sacrificarmos para poder representar bem aquilo que fomos sempre na I Liga. Creio que amanhã [sexta-feira] irá ser um bom espetáculo e que o Famalicão vem com esse espírito de querer jogar e de desfrutar do jogo”, anteviu.
Joca continua lesionado e João Graça está em dúvida, ao passo que Costinha,André Pereira e Costinha vão cumprir castigo, numa fase em que Luís Freire tenta “valorizar e canalizar para a equipa sénior” alguns atletas formados nas camadas jovens do Rio Ave.
Na senda de Costinha, Fábio Ronaldo, Magrão, Bruno Ventura ou Julien Lomboto, Jorge Karseladze, de 18 anos, estreou-se na última semana e visa agora fazer o primeiro duelo a titular pelos vila-condenses, que estão impedidos pela FIFA de inscrever novos atletas.
“Ele ainda é júnior e vamos ver aquilo que pode acontecer, mas isto dá-lhe bastante mais preparação para a próxima temporada. De resto, temos de organizar e definir objetivos e de começar a preparar o futuro do Rio Ave, que poderá ter o mercado aberto ou fechado. Há que arranjar soluções cá dentro, preparar todos os contextos e fazer evoluir estes jovens o mais rápido possível, vendo a sua qualidade e as respostas dadas”, concluiu Luís Freire.
O Rio Ave, 12.º colocado, com 39 pontos, recebe o Famalicão, sétimo, com 43, na sexta-feira, às 19:00, no Estádio do Rio Ave FC, em Vila do Conde, sob arbitragem de Carlos Macedo, da Associação de Futebol de Braga.
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