O treinador do Nacional, Luís Freire, afirmou hoje que deseja uma equipa "com o equilíbrio emocional certo” na deslocação a Barcelos, para enfrentar o Gil Vicente, em jogo da 24.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.

O Nacional vem de um ciclo de cinco derrotas consecutivas, que culminou na última jornada com uma derrota caseira no dérbi madeirense, frente ao Marítimo por 2-1.

"Neste momento, qualquer derrota pode deixar o grupo mais triste e as derrotas custam sempre. Neste momento não vale a pena estar a ‘lamber feridas’, nem olhar para trás. Temos 21 pontos e continua tudo muito equilibrado na tabela e essa é a realidade e nós nunca caímos na zona de despromoção e estivemos muito próximos dos dez primeiros", começou por dizer Luís Freire.

Em suma, considera que continua tudo "igual naquilo que são as emoções ligadas à tabela classificativa". Adianta que "quem for mais forte emocionalmente, com mais crença e confiança em si próprio, vai conseguir os objetivos".

Apesar deste mau momento pelo qual passa o clube madeirense, Luís Freire mostra-se convicto que o irá superar.

"Houve equipas que passaram maus momentos e agora somos nós que estamos num momento menos bom, o pior da época", ressalva.

Luís Freire sublinha que o Nacional "tem discutido todos os jogos", mas agora terá de olhar o quem tem pela frente, sabendo que faltam 11 jogos e esta partida frente ao Gil Vicente será encarada com a maior ambição.

"Vamos encarar este jogo como uma final para nós, para voltar às vitórias e somar três pontos, num confronto direto e interessa muito mais o que vem aí, do que o que se passou", afirmou.

O técnico avalia o Gil Vicente como uma boa equipa, sabendo que colocará muitos problemas: "É uma equipa que joga bom futebol, rápido, com capacidade de posse, forte quando se recolhe e sai em contra-ataque e com grande reação à perda da bola".

Contudo, afirma "estar identificado com os seus pontos fortes e fracos" e que "podem explorar", querendo uma equipa equilibrada, acima de tudo emocionalmente.

"O importante agora é saber o que fazer para vencer ao Gil Vicente, transmiti-lo aos meus jogadores e dentro do campo, dar a vida para vencer, estando focados emocionalmente nas tarefas", é esta a receita que Luís Freire deseja para esta partida.

Luís Freire desvaloriza um pouco a instabilidade pela qual passa o clube insular.

"A confiança vem do trabalho, do acreditar em nós e eu sempre acreditei muito em mim. Mal seria, com tudo aquilo que eu passei na vida, em termos de futebol, se eu não acreditasse em mim. Há sete ou oito anos estava no Ericeirense e agora estou aqui. Não preciso de ninguém a acreditar em mim. Preciso de mim, dos meus jogadores e de quem trabalha comigo e de resto não preciso de ninguém”, salientou.

O Nacional, 14.º, com 21 pontos, desloca-se sexta-feira ao Estádio Cidade de Barcelos, onde a partir das 20:30 defrontará o Gil Vicente, 13.º com 22 pontos, em partida relativa à 24.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.