O treinador do Sporting mostrou-se hoje cauteloso ao comentar as recentes palavras de Bruno de Carvalho sobre as recentes exibições da equipa leonina. Marco Silva fez a antevisão do jogo com o Nacional da Madeira e não deixou de falar, com alguma prudência, sobre as alegadas crítica de Bruno de Carvalho ao seu trabalho.

"Naturalmente, não tenho que achar oportuno ou não quando o presidente fala. Ele é o órgão máximo do clube. Sinceramente, a minha responsabilidade como treinador do Sporting obriga-me a ter prudência nas ilações que tiraram das declarações do presidente. A minha função é gerir o grupo de trabalho. Desde a primeira hora que entrei no Sporting nunca me escondi de nenhuma pergunta de vocês [jornalistas], nem deixarei de assumir aquilo que é o meu trabalho. Sabemos que tivemos duas exibições abaixo do que podemos e devemos fazer e assumi isso. O meu trabalho é gerir a equipa e fazer com que os jogadores se foquem no jogo. O nosso adversário amanhã é o Nacional", começou por dizer Marco Silva.

"Não quero alimentar novelas senão vai falar-se das minhas respostas e não do jogo. Tenho que ter alguma prudência, por isso não tenho que estar a comentar aquilo que o presidente diz. Tenho a certeza que os jogadores não estão contentes. Quando critico os meus jogadores, tal como fiz nos últimos dois jogos, tenho a noção que o maior criticado sou eu porque sou eu que oriento a equipa. Não estamos numa posição que queremos na tabela. Nós assumimos um objetivo claro desde o princípio, apesar dos riscos inerentes a isso, mas sabemos que há investimentos e apostas fortes de adversários nossos. Estamos no quinto lugar, não queremos estar aqui. Mas estamos nos quartos-de-final da Taça de Portugal após termos eliminado um adversário fortíssimo na primeira eliminatória e continuamos nas competições europeias. Quando saíram os grupos quase ninguém acreditava que pudéssemos passar e estivemos quase. Vocês sabemos por que isso não aconteceu", acrescentou Marco Silva.