A forma como Moussa Marega saiu de campo no passado dia 4 de novembro não será facilmente esquecida pelos adeptos 'vitorianos' que viam no avançado maliano um ídolo e o líder dos melhores marcadores do campeonato português. O avançado do Vitória SC acabou por ser expulso do jogo com o Nacional da Madeira aos 25 minutos com um cartão vermelho direto e deixar os seus companheiros de equipa a jogar em inferioridade numérica. O jogo terminou com a vitória da equipa de Guimarães, mas a expulsão de Marega ainda hoje continua na ordem do dia.

Em entrevista ao jornal O JOGO, o avançado do FC Porto emprestado ao Vitória SC retratou-se e pediu desculpas aos adeptos vitorianos.

"Não fui eu próprio. Portei-me mal com o Sequeira quando o agredi. Antes do jogo, estava muito motivado, mas nada se passou como queria, porque enervei-me e tive aquela reação lamentável. Mesmo sem querer fazer disso uma desculpa, nos dias anteriores ao jogo tive um problema familiar", começou por justificar-se Marega.

"Foi um problema pessoal, que não gostaria de divulgar publicamente. A verdade é que me enervei e tive uma reação excessiva", acrescentou Marega. Questionado sobre a possibilidade de ter pedido ao treinador para não jogar por causa desse problema familiar, Marega respondeu: "a minha maneira de ser não é essa, porque guardo os problemas para mim. Pensava que o problema pessoal que estava a viver não iria influenciar o meu rendimento e comportamento dentro do campo, mas acabou por se passar exactamente o contrário. Penso sempre que consigo concentrar-me no jogo quando entro no relvado. Não consegui e cometi um erro gravíssimo".

Em relação ao gesto que fez para a bancada na altura da sua expulsão, Marega afirmou que só queria estar sozinho com a família naquele momento, apesar de reconhecer agora que se calhar não teve a melhor atitude para com os adeptos.

"Tenho um carácter muito forte e fiquei muito nervoso com a expulsão. Ainda por cima, tive muito medo que a equipa perdesse o jogo por minha causa, por a ter deixado com dez jogadores. Nos momentos em que fico mais nervoso, desiludido comigo, prefiro resguardar-me e ficar sozinho para me acalmar. Fui mal interpretado quando fiz o gesto para a minha família a dizer que queria ir embora; os adeptos pensaram que não era isso. Mas a única coisa que queria fazer naquela altura era ir embora e ficar sozinho com a minha família", frisou Marega.

"Foi claramente uma falta de respeito e também falta de profissionalismo. Não respeitei o treinador, os adjuntos, os colegas e toda a estrutura do clube, para lá de também não ter respeitado os adeptos. Peço desculpa a todas as pessoas que se tenham sentido ofendidas com aquilo que fiz. Esta situação não volta a repetir-se até ao fim da época. Quero ficar aqui e ajudar o clube. E espero que o clube me perdoe. Estou focado a cem por cento no Vitória e, quando regressar, irei fazer tudo para ajudar a equipa a conseguir os seus objetivos", acrescentou o avançado maliano, revelando ainda que já pediu desculpas aos companheiros de equipa e ao treinador.

"Sim, já falei. O ideal seria ter feito isso depois do jogo com o Nacional, mas fui para a seleção e não foi possível conciliar os horários para ter essa conversa com todos, porque eles estavam de folga. Hoje [ontem], a primeira coisa que fiz, quando cheguei ao Vitória, foi ter uma conversa privada com o treinador antes do treino e depois também falei com os meus companheiros no balneário".

Sobre os adeptos, Marega só pede que o perdoem e que compreendam a sua atitude naquele momento. No entanto, Marega garantiu também que promete compensar com golos.

"Compete-me a mim fazer com que os adeptos me perdoem. E isso só será possível dentro do campo, pelo que vou tentar fazer cada vez mais e melhor. Sei perfeitamente que não vai ser fácil que eles esqueçam o que se passou, pelo menos no imediato. Eu vou fazer tudo para conseguir que o meu pedido de desculpas seja aceite e só eu é que posso fazer algo para mudar esta situação. O que mais quero é que os adeptos do Vitória tentem compreender que estou arrependido e que me tentem perdoar", sentenciou Marega.

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