Em declarações à agência Lusa a propósito das comemorações do primeiro centenário do clube verde-rubro, que se comemora este fim de semana no Funchal, o dirigente maritimista salientou que esta efeméride é importante não só para o clube como também para toda a Região Autónoma, pois esta tem “uma instituição que quase dá origem à bandeira nacional”. “Foi fundada antes da República", sustentou.
“Para mim é especial presidir ao Marítimo na altura do centenário. É uma honra, um orgulho e um privilégio, ter uma equipa que ao longo de 14 anos fez do Marítimo uma instituição credível, de nível nacional”, disse.
Carlos Pereira considera que o CSM “marca a diferença, faz da sua história uma história que se pode confundir com a da República, tem as suas cores cativas”.
Sublinha que “é difícil gerir e manter o nível” da colectividade numa altura de dificuldades financeiras, que na Madeira é agravada por ser “uma região pequena, sem grandes recursos”, pelo que o que tem conseguido fazer “é obra”.
“Há 26 épocas consecutivas na primeira divisão, o Marítimo só se pode orgulhar desse trabalho num meio tão pequeno, com 250 mil habitantes, poder ombrear com Benfica, Porto Sporting e Braga”, sublinha.
Acrescenta que o clube tem o “5.º melhor palmarés da primeira divisão com épocas consecutivas, o que é para a região um orgulho, que é redobrado para o clube num ano centenário”.
Carlos Pereira refere que a inauguração do novo estádio, Barreiros XXI, deverá acontecer na globalidade apenas no próximo ano, considerando tratar-se de uma “obra emblemática” do clube, que “vai marcar a diferença e é o marco histórico deste centenário”.
Aponta que aquela infraestrutura estava “completamente ultrapassada e com algum perigos” e que a sua reconstrução “vai dignificar a região".
“Agora queremos pensar no futuro”, referiu, mencionando que o I congresso do marítimo, que hoje decorre no Funchal, destinado a sócios e simpatizantes, tem por objectivo fazer com que “todos juntos, tenham engenho e arte, face às grandes dificuldades vividas, para continuar a manter este nível”.
Carlos Pereira defendeu que face à actual conjuntura e tendo em conta o papel da formação que instituições como o Marítimo desempenham, “quase se substituindo ao papel do Estado”, este deveria ser melhor compensado, sugerindo a “atenuação da carga fiscal existente”.
O Clube Sports Marítimo, um clube criado a 20 de setembro de 1910, que foi campeão nacional em 1926, assinala este fim-de-semana o seu primeiro centenário.
Um torneio de veteranos, uma exposição comemorativa na Sala dos Arcos da Universidade da Madeira, o I congresso do Universo verde rubro e um jantar no Tecnopolo são algumas das iniciativas deste programa comemorativo.
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