O avançado de 34 anos do Boavista Mateus recordou alguns dos duelos mais difíceis ao longo de 16 anos de carreira. Numa entrevista ao jornal O JOGO, o avançado angolano contou várias histórias que viveu nos relvados do futebol português e mostrou-se orgulhoso da sua carreira.

[Se a minha carreira podia ter atingido outros palcos?] Acho que sim, mas não lamento nada. Olhando para trás, se eu tivesse alcançado a maturidade que tenho hoje um bocadinho mais cedo... Conseguia fazer grandes jogadas, mas chegava à baliza e dava um estouro, falhava muitos golos. Muitos empresários e treinadores diziam 'o Mateus é muito bom, mas...' chegava ali e falhava. Se calhar, agora não crio tanto, mas na maioria das bolas consigo marcar. Há jogadores que conseguem alcançar essa maturidade muito cedo e tornam-se jogadores de elite. Faltou-me ser mais concretizador na fase mais nova, podia ter dado outros saltos, mas estou muito satisfeito", afirmou Mateus.

"Há um estigma com a idade, mas o futebol é rendimento, sejas novo ou velho. Tento sempre cuidar-me, vejo exemplos bons, como o Cristiano Ronaldo. Sinto-me bem, vou continuar enquanto tenha disponibilidade e, principalmente, amor pelo jogo. Desde que mantenha uma boa forma, de certeza que serei uma opção válida. Adoro jogar e ver as pessoas alegres com a maneira como eu jogo. Se perder essa paixão, é altura de parar", acrescentou o jogador de 34 anos.

Questionado sobre que adversários tinham sido mais difíceis, Mateus enumerou Pedrinho e Maxi Pereira.

"O Pedrinho, na altura da Académica, era muito chato. Marcava sempre, era rápido. Tinha muitas dificuldades sempre que jogava com ele, mas gostava de o defrontar, a cada jogo tentava superá-lo, eram grandes duelos. Sempre gostei de desafiá-lo, ele se calhar também se preparava bem", começou por dizer Mateus antes de acrescentar entre risos: "O Maxi Pereira no Benfica também me deu muito trabalho e gostava de dar umas porradas."