O guarda-redes Luís Maximiano e o médio Wendel vão voltar a testemunhar na quarta-feira no âmbito do processo do ataque à Academia de futebol do Sporting, em Alcochete, devido a falhas na gravação da videoconferência.
Maximiano foi o primeiro a ser ouvido na tarde desta quarta-feira e recordou, mais uma vez, as agressões à Academia de Alcochete.
"O Battaglia foi agredido com um garrafão, contra o corpo. Depois, aproximaram-se, mas não me lembro se lhe bateram. Não me recordo", começou por dizer.
O guarda-redes leonino lembrou ainda que os jogadores ficaram em silêncio perante a situação. "Nós, jogadores, não falámos nada. Ficámos só pasmados e sem reação. Não dissemos nada. No final, à saída do balneário, afirmaram: 'Não ganhem no domingo e vão ver o que vos acontece'", contou.
Maximiano lembrou que como não acompanhou a equipa até à Madeira, dia antes do ataque, não tinha conhecido do que tinha acontecido, mas garantiu que os invasores tinham jogadores 'marcados'.
"Havia alvos específicos: Battaglia, Acuña, William Carvalho... Ninguém sequer olhou para mim", admitiu, acrescentando ainda que Misic e Montero também foram agredidos.
O guarda-redes leonino recordou ainda que Battaglia disse no balneário que não ia haver treino e que era Carnaval, depois de ter visto vários encapuzado no local.
O julgamento da invasão à academia ‘leonina’, em 15 de maio de 2018, decorre no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, com 44 arguidos.
Para sexta-feira, está prevista a audição de João Rolan, do ‘staff’ do clube, durante a manhã, e do ex-futebolista italiano do clube Cristiano Piccini, que atualmente alinha no Valência, na sessão da tarde. Lumor vai ser ouvido no dia 22, depois do militar da GNR Nuno Pereira.
O processo, que está a ser julgado no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, tem 44 arguidos, acusados da coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.
Bruno de Carvalho, à data presidente do clube, ‘Mustafá’, líder da Juventude Leonina, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos do Sporting, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.
Os três arguidos respondem ainda por um crime de detenção de arma proibida agravado e ‘Mustafá’ também por um crime de tráfico de estupefacientes.
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