O Boavista pretende fazer pelo menos 15 pontos até ao final da primeira volta da I Liga de futebol, mas estabeleceu "um objetivo ligeiramente superior, 17 pontos", porque "na segunda só precisa de 13 para não descer de divisão".
As contas são do técnico Miguel Leal, que as partilhou hoje com a comunicação social na antevisão do próximo jogo, com o Rio Ave, em Vila do Conde, no sábado (20:30), a contar para a 10.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
Miguel Leal já tinha dito que 30 pontos são o mínimo necessário para a manutenção, sendo que o Boavista pretende ir mais além.
O treinador espera "um jogo aberto, com duas equipas a tentarem ganhar".
"O meu desejo é ganhar, mas para isso vamos ter de ser muito fortes, quer no plano defensivo quer no plano ofensivo, porque vamos encontrar uma boa equipa. Sei que não está a passar um momento feliz, mas tem bons executantes e de um momento para o outro tudo pode acontecer", considerou.
Acrescentou que o Boavista tem de se preocupar com o que pode fazer para poder vencer, dizendo depois, em resposta a outra pergunta, que a defesa, "neste momento, tem de ser" o pilar da sua equipa, porque ainda não assimilou as suas ideias.
"Temos de começar mais por aí, no fundo, criar os alicerces para que a casa se aguente. Depois vamos pintá-la com as cores de que gostamos e que a tornem mais bonita. No fundo, vamos enfeitá-la", afirmou.
Miguel Leal disse que orientou 21 treinos desde que assumiu o comando técnico do Boavista, sustentando que "nenhuma equipa fica identificada com a ideia que se quer criar e trabalhar em 21 treinos".
"É impensável. Por isso, é importante termos consciência do que somos capazes de fazer agora e no resto vamos melhorar, a dinâmica ofensiva e, fundamentalmente, perceber o jogo, que é a grande dificuldade", completou.
O treinador boavisteiro reforçou a sua opinião afirmando que, "neste momento, a maioria dos jogadores andam à procura do que têm de fazer e isso atrasa a decisão e às vezes faz com que o momento ofensivo seja menos produtivo, menos eficaz".
"Mas isto é um processo", concluiu.
Apesar disso, declarou-se "satisfeito, porque o crescimento está a acontecer e a vontade a existir".
A comunicação com alguns atletas nem sempre tem sido fácil, devido à barreira linguística. "A linguagem do futebol é universal, mas lá no campo há dificuldades de comunicação com alguns jogadores. Mas falo várias línguas e vamo-nos desenrascando", apontou.
O Rio Ave estará ‘ferido’ porque na ronda anterior perdeu em casa com o Guimarães (3-0) e quererá mostrar outra face. "Tenho é que me preocupar com o que vamos fazer. Com certeza, o adversário estará mais pressionado do que nós e por isso é importante fazer golo primeiro", comentou Miguel Leal.
O técnico frisou a importância de pontuar, porque "quem não tem pontos depois passa dificuldades".
Uma das "caraterísticas boas" o Rio Ave é o seu caudal ofensivo. "Mas também estamos preparados para isso", disse.
O Boavista, 10.º classificado, com 10 pontos, desloca-se no sábado a Vila do Conde para defrontar o Rio Ave, 7.º, com 11, num encontro da 10.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que será arbitrado por Manuel Mota, da Associação de Futebol de Braga.
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