O Movimento Servir o Benfica, que entregou o requerimento para a Assembleia-Geral extraordinária, que vai decorrer em 17 de setembro, solicitou hoje a alteração da ordem de trabalhos da reunião, para que os estatutos não sejam violados.

“Onde se lê que a proposta de regulamento eleitoral será alvo de discussão e apreciação, deverá ler-se que a mesma será alvo de discussão e votação pelos sócios. Foi que constou do requerimento subscrito pelas centenas de sócios do Benfica pelo que deverá ser de imediato corrigida a ordem de trabalhos de forma a evitar a violação dos estatutos do clube”, lê-se num comunicado do movimento.

No mesmo documento, o Movimento Servir o Benfica lamentou que a Assembleia-Geral extraordinária tenha ficado agendada para uma sexta-feira e não para um sábado, o que permitiria “a participação de um maior número de associados”.

O requerimento para a realização de uma Assembleia-Geral extraordinária, quarta-feira anunciada pelo clube, foi entregue pelo Movimento Servir o Benfica, que recolheu as assinaturas de sócios correspondentes aos 10 mil votos exigidos pelos estatutos.

Entre outros pontos, pretende analisar a legitimidade das últimas eleições presidenciais, em outubro de 2020, em que Luís Filipe Vieira derrotou João Noronha Lopes, além de discutir e aprovar um novo regulamento eleitoral.

O principal objetivo é alteração dos estatutos, prevendo a realização do ato eleitoral com votos físicos e não eletrónicos.

Também na quarta, o Benfica anunciou o dia 09 de outubro como a data das eleições para os órgãos sociais do clube, um ano depois de Luís Filipe Vieira ter sido reconduzido no cargo.

“O presidente da Mesa da Assembleia-Geral, após consulta aos restantes elementos da Mesa, decidiu convocar a Assembleia Eleitoral para o próximo dia 09 de outubro. Em breve será apresentado aos sócios o programa de todo o Processo Eleitoral”, refere o clube lisboeta no seu site, após reunião plenária dos seus órgãos sociais.

A atual equipa é liderada por Rui Costa, que substituiu na presidência Luís Filipe Vieira, quando este foi detido e implicado na operação judicial 'Cartão Vermelho'.

No dia 24 de setembro vai decorrer uma Assembleia Geral ordinária para apreciar e votar o relatório de gestão e as contas do exercício de 2020/2021, bem como o parecer do Conselho Fiscal.