O presidente do Gil Vicente, António Fiúza, defendeu hoje à agência Lusa que a próxima liderança da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) deve "estimar" a Olivedesportos.

O dirigente considera que depois do Conselho de justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ter hoje anulado o ato que reelegeu Mário Figueiredo, deve existir um processo eleitoral "totalmente novo" na Liga, com "novos candidatos", mas considerou que "não se deve pôr de lado a Olivedesportos, um importante parceiro, e estimar o senhor Joaquim Oliveira".

"Sempre defendi que os clubes deviam ir para novas eleições porque, na verdade, o ato anterior não dignificou a instituição, os clubes e o país desportivo, pelo que só posso ficar satisfeito com a decisão do CJ", referiu à agência Lusa.

Sem um nome em concreto, o dirigente gilista frisou também que sempre defendeu que "presidentes de clubes não são a melhor solução para dirigir a Liga de clubes".

Fiúza deseja "uma pessoa credível" à frente da LPFP, "que possa unir a larga maioria dos clubes e que possa dar-se bem com todos os presidentes".

António Fiúza defendeu a importância de Benfica, FC Porto e Sporting: "o futebol é uma indústria, temos que o saber rentabilizar e chegou o momento dos ‘três grandes' se entenderem pelo que representam no futebol português".

A decisão de obrigar a novo ato eleitoral no organismo decorre do deferimento parcial do recurso apresentado por Vitória de Guimarães e Estoril-Praia, por unanimidade do CJ da FPF, considerando como admitida a candidatura de Fernando Seara, ex-presidente da Câmara Municipal de Sintra e atual vereador do Município de Lisboa.

O órgão federativo, que não analisou o recurso de Rui Alves, cuja candidatura também não foi aceite e está dependente dessa deliberação, considerou ainda que a lista apresentada por Mário Figueiredo detinha "vícios formais", salvaguardando que poderia ser admitida caso os mesmos fossem "sanados".

Mário Figueiredo, que preside à LPFP desde janeiro de 2012, foi reeleito para o organismo com votos de sete clubes, casos de Sporting, Paços de Ferreira e Belenenses, da I Liga, Leixões, Farense, Santa Clara e Atlético, da II Liga.