O árbitro português Pedro Proença considerou esta sexta-feira, em declarações ao SAPO Desporto, que a distinção da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol é «um prémio coletivo» para a arbitragem portuguesa, mas não sabe se «o futebol português o merece».

«Não sei se o futebol português merece este tipo de reconhecimentos, porque constantemente ouvimos falar internamente desta forma [críticas]. Por isso, se alguma dúvida houvesse da qualidade da arbitragem portuguesa no Mundo, este é o sinal inequívoco dessa qualidade», sublinhou quando questionado sobre as várias críticas a que estão sujeitos os árbitros e para mais depois do clássico entre Benfica e FC Porto.

O juíz recusou-se a puxar para si todo o mérito desta distinção e não tem dúvidas de que «não é um prémio individual, mas coletivo, onde é distinguida a arbitragem portuguesa no seu todo».

Pedro Proença, que em 2012 dirigiu as finais da Liga dos Campeões e do Europeu de futebol, assume «não sentir pressão» por fazer outro ano igual ao que passou.

«Não, de forma alguma. Cada época é um peródo, a tentativa é superar a anterior, o que se torna impossível face aos resultados. É tentar manter este nível e como disse este não é premio individual, é o resultado do trabalho de muitas pessoas, em que a parte mais visível será o meu nome», concluíu Proença, que vê a arbitragem portuguesa «como a melhor do Mundo».