O treinador de guarda-redes do Sporting, Nélson Pereira, foi esta quarta-feira ouvido no Tribunal de Monsanto no âmbito do julgamento do ataque à Academia de Alcochete.
Em tribunal, Nélson Pereira recordou os tempos como jogador e admitiu que chegou a reunir-se com as claques. "Nos últimos cinco anos como jogador, eu era um dos capitães, tivemos reuniões com líderes das claques. O teor dessas conversas, que eram sempre autorizadas, tinha a ver com falta de satisfação pelos resultados", contou.
De seguida, o técnico lembrou o ataque à Academia. "Ainda tentei fechar as portas do balneário, mas não consegui. Disseram-me 'isto não é nada contigo, isto é com o Acuña e o Battaglia'. Vi o Misic ser agredido no tronco com um cinto. O Rui Patrício e o William foram empurrados. O meu carro foi atingido com um cinto e com tochas. O custo do arranjo foram três mil euros. (...) Alguém gritou: 'isto correu mal, vamos embora daqui'", revelou Nélson Pereira.
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