A nova direção da Académica de Coimbra tomou hoje posse, tendo pela frente uma "enorme redução" orçamental devido à descida à II Liga de futebol, afirmou o presidente eleito, Paulo Almeida.

Face à descida ao segundo escalão, o clube vai sofrer "um corte abrupto" nas receitas, cuja maior fatia "são os direitos televisivos", o que levará a "uma enorme redução" no orçamento da Académica, disse Paulo Almeida, questionado pela agência Lusa.

"A redução é de qualquer coisa como dois milhões ou pouco mais para 500 mil euros", explanou.

O presidente da ‘briosa’ tomou hoje posse no auditório do Estádio Cidade de Coimbra, ainda sem a anterior direção ter apresentado contas, "como deveria ter acontecido antes do ato eleitoral", e com "alguns elementos" alegadamente a estarem omissos na inscrição da equipa de futebol nas competições da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, que deveria ter "ocorrido até ao passado dia 09 de junho".

Na segunda-feira, Paulo Almeida vai falar com o presidente da Liga, Pedro Proença, "para esclarecer" a situação, informou.

No discurso de tomada de posse, o novo presidente sublinhou ainda que foi solicitada "informação, várias vezes", à anterior direção, presidida por José Eduardo Simões, sem "nunca ser entregue, parcialmente", sendo que, na segunda-feira, a direção eleita e a cessante se reúnem por volta das 18:00 para a passagem dos pastas.

A transparência foi um dos pontos abordados, considerando o novo presidente, advogado de profissão, que "é urgente" uma auditoria às contas do clube, pedindo ainda ao presidente da Assembleia-Geral que "denuncie" a atual direção, caso esta, em algum momento, "não cumpra os estatutos" ou não apresente as contas, entre outras situações.

O advogado Paulo Almeida, de 42 anos, foi eleito presidente da Académica de Coimbra, no sábado, em lista única, tendo obtido 567 votos dos 785 sócios que participaram no sufrágio.