Nuno Lobo confirmou hoje a sua candidatura à presidência do FC Porto, ao entregar “trezentas e muitas” assinaturas das 300 necessárias para validar o seu propósito junto da mesa da assembleia geral.

“Foi muito difícil, pelo confinamento. A dificuldade em falar com as pessoas. Foram dois meses a tentar cativar os sócios, sem presença física. Teria sido muito melhor ir ao Olival, ao Dragão, ao pavilhão, pois as pessoas conhecem-me e assinavam por mim, de certeza absoluta”, desabafou.

O empresário da restauração entregou as assinaturas a Matos Fernandes, presidente da mesa da assembleia geral, que marcou reunião “com os candidatos para sábado às 18:00 no auditório do Dragão”, na qual deve anunciar a validação das várias listas e sortear as mesmas para o boletim de voto.

“Penso que há a possibilidade de ser marcado o dia das eleições. O presidente Matos Fernandes vai estudar o caso”, revelou Nuno Lobo, que vai “tentar” apresentar o seu programa eleitoral “ainda esta semana”.

Nuno Lobo junta-se a José Fernando Rio no desafio a Pinto da Costa, para um ato eleitoral inicialmente marcado para 18 de abril, entretanto suspenso devido à covid-19.

“Que haja liberdade de expressão, que sejam eleições para unir o FC Porto, não desunir. Que não sejam vistas como uma guerra, que sejam pacíficas. Que o universo portista ouça os vários candidatos, pela primeira vez”, desafia Nuno Logo, garantindo que “se não fosse possível [ganhar], não estava aqui a concorrer”.

O desafiante revela “enorme respeito e gratidão” por Pinto da Costa, indo mesmo propô-lo para “presidente honorário”, contudo entende que esta é “hora de mudança” e que o atual líder está em “fim de ciclo”.

“Esta candidatura não é de guerra, anti-Pinto da Costa. Ninguém se pode esquecer do trabalho feito, mas como tudo na vida há um ciclo. Uma hora de mudança. Acontece em qualquer instituição. Acho que chegou a hora. Quando decidi avançar senti isso. O fim de um ciclo. Mas estou eternamente grato a Pinto da Costa”, frisou.

Lamentou o facto de ver “muita gente” no clube a “assobiar para o lado” no atual momento de crise do FC Porto, bem com a “quase passividade” do mesmo quanto ao facto do Benfica estar “nas bocas do inferno, não só em Portugal, como na Europa”, aludindo aos vários processos judiciais.