Em entrevista à SIC, Luís Filipe Vieira reprovou os incidentes verificados no túnel da Luz.

"O que se passou no túnel foi uma vergonha. Não foi só jogadores, houve mais do que isso. O pior que pode acontecer é não aceitar uma derrota. Admito que os árbitros errem mas não é por ser de forma premeditada. Ninguém no Benfica fala de arbitragem e até começámos atrás na classificação. A primeira regra no grupo de trabalho foi não comentar arbitragem. Só nos preocupamos com a nossa equipa e íamos respeitar todos os adversários, seja o FC Porto, a Naval ou outro qualquer", vincou o presidente do Benfica.

O líder encarnado escusou-se todavia a comentar os castigos impostos pela Comissão Disciplinar da Liga - quatro e seis meses a Hulk e Sapunaru, respectivamente - e mais tarde reduzidos pelo Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). "Não sou especialista em túneis. Se os regulamentos dizem que é assim, é assim. Mas já estão a  tentar diluir ou arranjar argumentos que foi pelo Hulk não jogar que o FC Porto não ganhou. É o jogador do campeonato português que perde mais bolas, enquanto o Benfica funciona como equipa", disse.

"Acho que o Hulk não devia ter feito o que fez. Provou-se que os jogadores agrediram os stewards. Agora que os stewards são público vamos agarrar em quatro espectadores e colocá-los no túnel", ironizou ainda Luís Filipe Vieira, em alusão ao enquadramento jurídico adoptado pelo CJ da FPF, que resultou na redução dos castigos para apenas três e quatro jogos a Hulk e Sapunaru, respectivamente.

Por outro lado, Luís Filipe Vieira desvalorizou os incidentes registados entre adeptos do Benfica e FC Porto na final da Taça da Liga. "Se houver situações gravíssimas, vamos reprová-las, mas o que se passou dentro das quatro linhas não foi de grande gravidade, à excepção de um ou outro caso. Não vi nada que fosse criticável", afirmou. O presidente não confirmou a existência de claques encarnadas, sublinhando antes que se tratam de sócios do Benfica e que está pronto para "dialogar" se for necessário.