O extremo brasileiro Pablo disse hoje que quer criar a sua própria história no Santa Clara, à margem do percurso de Fernando, transferido do clube insular para o FC Porto, campeão e líder da I Liga de futebol.

"Eu venho com um só objetivo, criar a minha história, criar a minha identidade, independentemente da história, que foi uma boa história, do Fernando. Ele hoje é um grande profissional, está muito bem na equipa para que foi, mas o Fernando é o Fernando, ele tem a suas características, e o Pablo é o Pablo. Vou tentar dar o meu máximo para construir a minha história", afirmou Pablo, quando questionado sobre a responsabilidade de integrar a equipa açoriana para suprir a saída de Fernando.

O avançado de 26 anos, proveniente do Curitiba, que assinou contrato por duas épocas e meia, destacou ainda as suas qualidades na conferência de imprensa que decorreu esta tarde, no Estádio de São Miguel, em Ponta Delgada.

“As minhas características são de velocidade, de muitos dribles, de muitas assistências. Claro que eu venho com um só objetivo, que é, na primeira vez que estou na Europa, estar num nível, num patamar diferente. Venho muito feliz e muito focado para poder ajudar a equipa com assistências, com golos e poder ser feliz aqui”, disse.

Pablo prometeu “muita entrega, muita dedicação, trabalho”, para poder ajudar o grupo a atingir os objetivos de manutenção, e manifestou-se tranquilo perante a possibilidade de jogar na próxima terça-feira em Braga, na 19.ª jornada da I Liga, mas sublinhou que “há a questão da forma física” e que a decisão “cabe à equipa técnica”.

O jogador brasileiro traça como meta triunfar nos Açores e adaptar-se ao futebol europeu, que assume ser diferente do que se joga no Brasil, sublinhando ainda a “boa receção” que teve no Santa Clara.

“A primeira impressão é muito boa, até mesmo pela Região, pela ilha, por todos os que estão aqui. A receção que eu tive aqui foi muito boa, tanto pela equipa técnica, como pelas pessoas que moram aqui e pelos meus companheiros", afirmou.

Pablo revelou ainda que, dos atuais colegas de equipa, apenas jogou contra César, defesa brasileiro do Santa Clara, e até encontrou um familiar na formação, Bruno Lamas, que “é meio primo de terceiro grau”.

Antes de chegar ao Santa Clara, Pablo passou pelo Atlético Mineiro e América Mineiro, ambos do Brasil, e pelo Vegalta Sandai, do Japão.