O adepto do Benfica agredido nas imediações do estádio D. Afonso Henriques revelou esta segunda-feira que estava a tentar sair do recinto desportivo e que estava apenas a 'dar água' ao seu filho no momento em que foi abordado por um agente da PSP.

Em declarações ao Jornal de Notícias, José Magalhães garante que estava apenas a dar água ao seu filho, e que não compreendeu a violência desproporcional da polícia quando tentava sair do Estádio D. Afonso Henriques juntamente com a família.

Em choque. Assim ficou José Magalhães quando um agente da Polícia de Segurança Pública o agarrou e o agrediu em frente ao filho menor. As imagens deixaram Portugal indignado com a violência da polícia e o Ministério da Administração Interna já garantiu que um processo ia ser aberto para averiguar as ocorrêncis.

No entanto, o adepto agredido garante que, "estava a dar água" a um dos filhos "quando a polícia veio perguntar" o que estavam ali a fazer.

"Expliquei e aconteceu aquilo que todos viram", afirmou José Magalhães que viu ainda o seu pai ser agredido com dois murros à frente dos netos enquanto era detido.

O adepto do Benfica garantiu ainda que não tem "nada contra a polícia como instituição", mas que não gostaria de voltar a ver "uma situação como esta".

Já em declarações à CMTV, José Magalhães adiantou mais pormenores sobre o momento que está a chocar o país.

"Eu estava desesperado apenas com a segurança dos miúdos. Há meia hora, três quartos de hora que estávamos parados dentro do estádio, os miúdos estavam aflitos e eu tive de os tirar cá para fora. Tive a compreensão dos quatro agentes que estavam à porta do estádio que me deixaram sair. O outro agente, o Comandante Filipe Silva, fez o favor de me vir incomodar, a perguntar o que é que eu estava ali a fazer", afirmou o adepto agredido.

"Disse-lhes apenas que estavam a fazer um mau trabalho, que não tinham razão nenhuma para não nos terem deixado sair até aos portões e não até lá para fora. Estávamos a ficar sufocados lá dentro", acrescentou José Magalhães.