O treinador do Paços de Ferreira teceu rasgados elogios a Jorge Jesus esta quinta-feira e considerou o técnico do Benfica como sendo 'o melhor treinador em Portugal'. Sobre a sua continuidade na Mata Real, Paulo Fonseca não dá garantias nem certezas, e aponta treinar no estrangeiro como próximo objetivo na sua carreira.

Numa entrevista ao diário Record, o técnico do Paços de Ferreira falou do seu passado e projetou o seu futuro e pelo meio não esquece o impacto que Jorge Jesus teve na sua carreira.

"Não tenho dúvidas, já reconheci isso, de que Jesus foi fundamental na minha carreira", afirmou Paulo Fonseca sobre qual teria sido o treinador mais marcante da sua carreira.

"Em Portugal, (Jorge Jesus) é o melhor. Não tenho nenhuma dúvida em relação a isso. E, na minha opinião, não está nada atrás, se calhar antes pelo contrário, dos grandes treinadores portugueses que estão lá fora. Só que ainda não teve oportunidade de o demonstrar no estrangeiro. Mas o que ele tem feito em Portugal tem sido magnífico", atirou o treinador do Paços de Ferreira.

"É difícil para mim analisar. Tenho uma admiração enorme pelo trabalho do Mourinho, pelo André, mas não conheço profundamente o seu trabalho. O trabalho do Jesus eu conheço...", justificou Paulo Fonseca quando questionado sobre outros treinadores portugueses que lá fora dão cartas.

Sobre as perspectivas de futuro, o antigo treinador do FC Porto não fecha a porta a Benfica e Sporting, mas também reconhece que esse cenário não se coloca por agora e que treinar no estrangeiro é uma opção mais realista.

"Eu não posso garantir que vá ser o treinador do P. Ferreira no próximo ano. O que eu sei é que dificilmente mudarei para outro clube em Portugal. Tenho a ambição de treinar no estrangeiro e acredito que isso vá acontecer. Não sei se será no próximo ano ou daqui a dois anos, num bom campeonato", disse Paulo Fonseca sobre a sua situação na Mata Real.

"Treinar Benfica ou Sporting depois de ter treinado o FC Porto? Não acredito que isso vá acontecer. Atendendo ao que foi o meu passado recente, não acredito que a curto prazo a questão se coloque", frisou o técnico português.

"Gostava muito de treinar em Espanha ou Inglaterra. Isto sabendo que é difícil, dado ter a consciência de que lá fora ainda olham para o campeonato português, e os nossos treinadores, como algo de menor. Tenho a certeza que isso acontece, mas também que contrariamos essa visão através da competência", sentenciou Paulo Fonseca.