O treinador Pedro Martins afirmou hoje que o Vitória de Guimarães vai encarar o embate de domingo com o FC Porto, da 17.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, com vontade de vencer e sem receios.
Sétimos classificados, com 23 pontos, os vitorianos deslocam-se reduto do líder do campeonato, com 42, após duas derrotas seguidas na prova - Moreirense (2-1) e Tondela (1-0) -, mas o técnico, embora admitindo que o seu conjunto precisa de "uma noite muito boa" e o adversário de "uma menos boa" para vencer, pretende um Vitória "ousado", disposto a expor-se na luta pelo triunfo.
"Não vamos alterar nada. Perder por um ou por quatro é exatamente igual. Jogar na defensiva e, depois, acabar por perder o jogo não faz sentido. Se eu não der ferramentas à minha equipa que lhe dê possibilidade de ganhar o jogo, o jogo não faz sentido. Esta é a identidade que hei de levar sempre como treinador de futebol", disse, na conferência de antevisão ao jogo agendado para as 20:15 de domingo.
Pedro Martins salientou que há "outras equipas que acabam por perder por números significativos" ante o FC Porto, autor de um "excelente campeonato" até agora, mesmo sem se exporem e, por isso, defende que o Vitória, ainda sem triunfos no Estádio do Dragão - perdeu todos os jogos, com exceção da época 2004/05 (0-0) - deve manter a filosofia.
O Vitória, admitiu o treinador, necessita de manter a discussão do resultado até ao fim, ao contrário do que aconteceu no jogo da Taça de Portugal, em dezembro, também no Dragão, em que os ‘azuis e brancos' golearam (4-0), quando o jogo ficou decidido após o segundo golo.
O treinador lembrou, no entanto, que a equipa fez um jogo "muito bem conseguido" até esse momento, tendo apenas falhado nas bolas paradas - sofreu assim os dois primeiros golos -, aspeto em que "tem de estar muito concentrada", até porque o golo da vitória portista sobre o Feirense, na 16.ª jornada (2-1), foi obtido assim.
O jogo entre os ‘dragões' e os ‘fogaceiros' decorreu na quarta-feira, mas Pedro Martins rejeita que esse facto beneficie os vitorianos, frisando que, ao contrário do jogo da Taça, em que a sua equipa jogou numa quinta-feira, após ter jogado numa segunda, o FC Porto dispõe de 96 horas, tem "jogadores com rotinas de jogar à quinta e ao domingo" e os "níveis anímicos no auge".
Com Pedro Henrique, Wakaso e Celis lesionados, e ainda Vigário castigado, o técnico lembrou que a "sobrecarga de jogos" na primeira metade da época - 29 já realizados - limitou um "plantel não tão vasto como isso", impedido de trabalhar "no processo da melhor forma", por se limitar a recuperar, mas mostrou-se convicto na subida de rendimento durante a segunda volta.
"Conheço o potencial desta equipa e aquilo que vai render. Temos uma segunda volta que vai dar razão ao que eu tenho vindo a falar. Tivemos uma sequência de jogos muito grande, e não houve a possibilidade de gerir determinados elementos. Esta equipa vai mostrar o real valor", adiantou.
O Vitória de Guimarães, sétimo classificado, com 23 pontos, desloca-se ao terreno do FC Porto, líder do campeonato, com 42, pelas 20:15 de domingo, no Estádio do Dragão, no Porto.
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