O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) manifestou-se hoje confiante de que os espetadores “voltarão ao lugar onde pertencem”, elogiando a organização da final da Liga dos Campeões, sem referir os incidentes provocados por adeptos ingleses no Porto.

“Depois de um acontecimento como este, ninguém irá compreender que haja em Portugal, a partir de hoje, um único evento desportivo sem público. Por isso, temos a certeza de que, depois de hoje, os adeptos voltarão ao lugar onde pertencem”, escreveu Pedro Proença na rede social Facebook.

O presidente da LPFP assinalou que estiveram “mais de 14 mil pessoas a vibrar e a colorir as bancadas” do Estádio do Dragão, onde o Chelsea venceu o Manchester City (1-0) na final da ‘champions’, sem fazer referência aos incidentes e ao desrespeito pelas regras de combate à pandemia de covid-19 por parte de alguns adeptos ingleses, que motivaram a reação do Presidente da República.

Poucas horas antes da publicação de Pedro Proença, Marcelo Rebelo de Sousa tinha pedido coerência, referindo-se à presença de adeptos ingleses em Portugal para a final da prova, defendendo que “não é possível dizer que vêm em bolha” e isso não acontecer.

“Não se pode dizer que temos que obedecer às regras, fixa-se um limite e depois o limite já não é esse, é outro”, alertou o Presidente da República, salientando também que “não é possível dizer que [os adeptos] vêm em bolha para assistir a um espetáculo desportivo e depois não vêm em bolha”.

Pedro Proença considerou que, “esta noite, os portugueses provaram mais uma vez uma enorme capacidade para organizar desportivamente um grande evento”, destacando “90 minutos de uma organização sem mácula”.

Marcelo Rebelo de Sousa advertiu que, “se de repente há coisas que não batem certo com a realidade, há uma perturbação e há uma crítica das pessoas”, comentando os desacatos e incumprimento das regras sanitárias por parte de adeptos ingleses durante os últimos dias na cidade do Porto.

O presidente da LPFP também se dirigiu ao Governo para assinalar que “depois dos benefícios fiscais dados à UEFA” no âmbito na realização da final da Liga dos Campeões, “o tratamento para com o futebol profissional mudará”.

“Com certeza que agora o Governo responderá positivamente às exigências que temos vindo a fazer para baixar os custos através de novos enquadramentos fiscais. Depois deste incentivo dado à UEFA, estamos certos de que terão a mesma atenção para com o futebol profissional português”, sustentou.

Na final da Liga dos Campeões da época 2020/21, entre duas equipas inglesas, disputada no Estádio do Dragão, no Porto, o Chelsea sagrou-se pela segunda vez campeão europeu de futebol, ao vencer por 1-0 o Manchester City.

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