A candidatura de Pedro Proença já formalizou a entrega das listas para as eleições da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), tendo revelado que foram subscritas por 63 dos 84 delegados da Assembleia Geral Eleitoral.

O dossier da candidatura apresenta listas para todos os órgãos - Direção, Conselho de Arbitragem, Conselho de Disciplina, Conselho de Justiça e Conselho Fiscal – e já deu entrada no secretariado da FPF, revela a candidatura.

Fonte ligada ao processo confirmou à Lusa que o antigo secretário de Estado Luís Álvaro Campos Ferreira é o candidato a presidente da Assembleia Geral, enquanto Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de futebol (APAF), é apontado para o Conselho de Arbitragem, e Sandra Oliveira e Silva, que preside a Comissão de Instrutores da Liga, é a escolhida para o Conselho de Disciplina.

Na lista para a direção de Pedro Proença constam os nomes de Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, e Fontelas Gomes, atual presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, bem como Daniel Carriço, Domingos Paciência ou António Oliveira (Toni).

“Formalizámos a entrega da lista para as eleições da Federação Portuguesa de Futebol, na qual assumo, enquanto candidato à presidência, e com enorme orgulho e sentido de responsabilidade, uma candidatura robustecida por um expressivo apoio dos delegados à Assembleia Geral da FPF, apoio esse concretizado através das 63 subscrições que anexamos ao processo, expressão do comprometimento e união que agregamos, junto das associações regionais, das associações de classe e dos clubes, em torno de um projeto de futuro para o futebol português”, refere Pedro Proença, citado no comunicado.

Pedro Proença, líder da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e da Associação de Ligas Europeias, anunciou na quarta-feira a candidatara à presidência da FPF, em que deverá ter como único adversário eleitoral Nuno Lobo, presidente da Associação de Futebol de Lisboa.

A candidatura salienta que vai aguardar pelo desenrolar do processo, estando previsto para 24 de janeiro a publicação oficial das listas candidatas.

“A partir daí, apresentaremos oficialmente a equipa, o programa e os eixos estratégicos que resultam do contributo de todos os parceiros envolvidos, promovendo a discussão pública numa campanha agregadora e positiva, na defesa dos interesses do futebol português. Até lá, continuarei absolutamente focado nas responsabilidades e desafios inerentes às funções que ocupo na Liga Portugal, na European Leagues e no Comité Executivo da UEFA”, acrescentou Pedro Proença.

O programa de candidatura vai desdobrar-se em mais de 400 propostas, que atravessam todo o futebol e que se centram em cinco objetivos essenciais: “implementar uma nova era de governação, criar um Plano Nacional de Arbitragem, reforçar a disciplina e a justiça, potenciar as receitas financeiras e potenciar o talento português nas seleções”.

O prazo para a entrega das candidaturas termina hoje e depois a Comissão Eleitoral tem 10 dias úteis para a verificação, existindo depois dois dias para serem corrigidas eventuais irregularidades.

As eleições dos órgãos sociais federativos rumo ao quadriénio 2024-2028 estão marcadas para 14 de fevereiro de 2025, numa altura em que Fernando Gomes está em funções desde 17 de dezembro de 2011 e cumpre o terceiro e último mandato permitido por lei.

O escrutínio é constituído por 84 delegados, 29 dos quais por inerência, que incluem os 22 presidentes das associações regionais e distritais, assim como os líderes da LPFP e das estruturas representativas de treinadores, árbitros, futebolistas, dirigentes, enfermeiros e massagistas e médicos.

Além destes, a AG eleitoral da FPF tem mais 55 delegados: 20 representantes dos clubes das competições profissionais, oito das provas não profissionais, sete das distritais, cinco dos jogadores profissionais, cinco dos amadores, cinco dos técnicos e cinco dos árbitros.