Declarações de Pepa, treinador do Paços de Ferreira, à Sport TV, após o triunfo (3-2) sobre o Tondela, no Estádio João Cardoso, da 34.ª e última jornada da I Liga.
"Nós nem sempre o correr muito é correr bem e o intervalo fez-nos bem. A verdade é que o jogo esteve aberto, com muitas oportunidade para as duas equipas na primeira parte, mas corrigimos e os jogadores estiveram fantásticos, porque percebemos onde é que tínhamos de melhorar e melhoramos muito e na segunda parte tivemos mais oportunidades. Estivemos muito mais confortáveis no jogo, senti a divertir-se muito mais dentro de campo e nós na primeira parte tivemos uma primeira linha de pressão boa, mas a linha defensiva estava a ter problemas. Na segunda parte corrigimos essa situação e os jogadores estiveram fantásticos."
"Eu ao Tondela só tenho de dar os parabéns pela época fantástica que fez. É muito mérito do Pako. Esta época, como disse na conferência, que se calhar partia na grelha de partida atrás, eu também sei o que é isso, estive aqui [Tondela] três anos e a verdade é que com muito trabalho e com muita competência conseguiram garantir [a manutenção] e com qualidade. Portanto, parabéns ao Tondela. O Pepa não vinha aqui preocupado com o número de pontos, esse número de pontos foi no passado e com muito orgulho. Sinto-me muito orgulhoso por ter ajudado este clube ou ter contribuído a estabilizar porque é um clube que merece estar na primeira liga, mas acima de tudo o Pepa aqui não interessa, era o Paços de Ferreira. Nós queríamos muito a vitória, terminar em grande, terminar como estamos. Estou-me a aguentar, o que não é fácil. São cinco anos em dois clubes que me dizem muito."
"Às vezes não são precisas grandes palavras, são os atos e eu fui recebido, desde o Sr. Rolando da rouparia a toda a estrutura, e isso mexe com qualquer um. Mas aqui dentro queríamos ganhar. Mas como disse é muito orgulho do percurso que foi feito e são cinco anos e não é fácil... Um treinador que está numa equipa que tem muitas derrotas, que quem luta pela manutenção é assim, e ter essa estabilidade de três anos num lado e dois anos no Paços, para mim é gratificante. É sinal que as pessoas acreditaram em mim e os jogadores. Os jogadores muitas vezes fazem dos treinadores, treinadores. Portanto, o meu obrigado aos dois clubes e aos jogadores, sem eles não era nada possível."
[Vai mais para norte?] "Não. Vou para baixo. Vou para Aveiro, para o pé da família porque foi muito desgastante, depois logo se vê."
[Vai manter-se na I Liga?] "Não sei, sinceramente não sei. Espero que sim porque ainda tenho muito para crescer, para aprender e para evoluir. Como costumo dizer, sem pressas, sem atropelar ninguém e passo a passo e as coisas acontecem com naturalidade."
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