O novo treinador do Vitória de Guimarães, Pepa, afirmou hoje que o clube da I Liga portuguesa de futebol deve "olhar com naturalidade para os primeiros lugares" e "ambicionar títulos".
Oficializado hoje com contrato até junho de 2024, o técnico realçou que o novo clube "não é só grande", mas também "especial", e projetou um futuro com "momentos difíceis", mas também com "momentos muito bons, que vão surgir naturalmente", levando os vimaranenses a patamares mais altos no futebol português.
"O Vitória de Guimarães tem de olhar com naturalidade para os primeiros lugares, tem de ambicionar títulos e tem de lutar por eles. Mas isso vai ser um processo. Vai ser um ‘tribunal' em que vamos ser vistos e avaliados todos os dias", salientou, na apresentação, realizada no relvado do Estádio D. Afonso Henriques.
Depois de um quinto lugar e consequente apuramento para a Liga Conferência Europa no Paços de Ferreira, Pepa vai representar, a partir da próxima época, o sétimo classificado da I Liga de 2020/21 e prometeu uma "exigência tremenda" para consigo mesmo, para com a equipa técnica e para com os jogadores na nova fase da carreira, que "desejava há muito tempo"
"Este casamento para mim é perfeito. (...) O Pepa tem de dizer que queria muito o Vitória. (...) Vamos fazer tudo para que os adeptos tenham muito orgulho naquilo que vão ver", prosseguiu.
Além de ambicionar o topo da tabela, Pepa realçou também que é "inegociável" ter um Vitória a entrar em campo para ganhar e fazer do Estádio D. Afonso Henriques um "inferno" para quem lá se desloca.
"[Quando jogávamos aqui], sentíamos que a tal ‘parede' [bancada sul] parece que ‘chupa a bola' para dentro da baliza. Quem vem aqui tem de ‘passar mal' dentro das quatro linhas", frisou.
Apesar de reconhecer a necessidade de "descansar", após uma época com "elevada densidade de jogos", condicionada pela pandemia de covid-19, Pepa mostrou-se "ansioso para começar a trabalhar" com um plantel que crê ter "qualidade" e ser capaz de "jogar de olhos fechados".
O novo ‘timoneiro' dos vimaranenses prometeu ainda olhar para o "talento" que existe na equipa B, que milita no Campeonato de Portugal, e na formação de sub-23, de forma a "rentabilizar o futuro" do clube.
Ao lado de Pepa, o presidente do Vitória de Guimarães, Miguel Pinto Lisboa, frisou que a contratação do novo treinador assinala o "início de um novo ciclo, com nova energia, novos protagonistas e novos métodos", depois de uma época que teve "uma segunda volta inadmissível" - 12 pontos em 17 jogos -, com responsabilidade para jogadores, equipa técnica e direção.
"A um presidente, exige-se liderança nos momentos mais difíceis, mas também respostas e soluções. O Vitória ficou aquém dos objetivos. (...) Entendi que o Vitória precisa de uma nova liderança no campo e em seu redor, que lhe garantam exigência máxima", disse, numa apresentação que contou ainda com o novo diretor-geral, Jaime Teixeira.
Para o dirigente, Pepa é o "treinador certo para o Vitória", pelo "entusiasmo e a competência com que trabalha" e pela "chama com que mobiliza as equipas", tendo não só capacidade para "devolver a equipa principal aos sucessos", como para "olhar para o futebol como um todo" e aproveitar o "bom trabalho dos escalões de formação".
Convicto de que a "união e a energia" em torno do clube só "farão sentido" com os adeptos nos estádios, Miguel Pinto Lisboa voltou a criticar a interdição ao público nas bancadas ao longo da última época, sendo que, no caso do Vitória, essa suspensão pode prolongar-se face aos nove jogos à porta fechada com que foi punido, tendo já cumprido dois - Famalicão (derrota por 2-1), em 12 de maio, e Benfica (derrota por 3-1), em 19 de maio.
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