Em entrevista ao NOVO, semanário lançado esta sexta-feira, Pepe considera ter ficado envergonhado por ver Jorge Jesus criticar a entrada de Stephen Eustáquio sobre Julian Weigl, no encontro entre o Paços de Ferreira e o Benfica.
"Senti-me envergonhado ao ver um treinador falar daquela maneira", referiu o capitão portista.
"Porque é que ele não falou quando os jogadores dele pisaram o Corona? Quando jogámos contra ele vínhamos de um jogo de 120 minutos e disseram: “É este Benfica que queremos, agressividade, agressividade.” E o próprio treinador que fala de agressividade vem agora falar do Eustáquio… um lance em que tentou jogar a bola, infelizmente atingiu o jogador do Benfica. Nós, jogadores, não temos maldade, não queremos lesionar outro companheiro de profissão. Acho que foram declarações lamentáveis de uma pessoa que sabe e percebe de futebol e depois tem este tipo de comentários. Nós, jogadores, trabalhamos para ajudar a nossa equipa para fazer o nosso jogo, e aquilo que nos é pedido não é entrar dentro de campo, dar porrada, lesionar e fazer mal ao próximo", acrescentou.
Sobre a continuidade de Sérgio Conceição disse o seguinte: "Claro que gostava, claro que gostava. Já lhe disse, ele sabe que eu gostava muito que ele ficasse, mas ele tem os objectivos dele e temos de respeitar. Nos últimos quatro anos em que esteve no FC Porto colocou a fasquia muito alta. Nós, aqui, só temos de agradecer ao nosso treinador, porque a exigência dele fez com que nós, jogadores, elevássemos também a nossa exigência. Gostaria de tê-lo conhecido um pouco mais jovem, com os meus 28, 29 anos, o meu auge. Da maneira como ele trabalha… Um treino com ele é como se fosse um jogo e eu desfruto e descanso é no jogo [risos], porque um treino aqui é muito mais exigente do que propriamente um jogo. E é esta exigência que faz com que o FC Porto tenha ganho dois títulos e seja muito constante durante o ano. E isso deve-se ao nosso treinador porque exige muito de nós."
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