A ausência dos sete reforços contratados pelo Boavista em 2022/23 abre caminho à projeção de outros futebolistas na deslocação ao Portimonense, no domingo, em jogo da jornada inaugural da I Liga, reconheceu hoje o treinador Petit.
“As ausências de uns são as oportunidades para outros. É claro que os treinadores gostam de ter o plantel na máxima força, mas nesta casa, independentemente de quem joga, a ambição é a mesma. Nunca me lamentei das ausências na temporada passada. Vamos entrar com uma equipa forte e à procura de trabalhar para conquistar os três pontos. É com esse intuito que vamos a Portimão”, vincou o técnico, em conferência de imprensa.
O Boavista já contratou o guarda-redes César, os defesas Robson Reis e Vincent Sasso, os médios Bruno Lourenço e Masaki Watai, e os avançados Róbert Bozeník e Salvador Agra, que ainda não foram inscritos na Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
Na origem desse atraso está um impedimento de inscrição de novos jogadores imposto pela FIFA aos ‘axadrezados’, motivado por uma dívida de 200 mil euros ao defesa Adil Rami, que foi campeão mundial por França em 2018 e representou o clube em 2020/21.
“Não temos os jogadores todos disponíveis na defesa e vamos ter limitações, mas alguns já trabalham comigo desde a última época e sabem o que pretendemos. Quem jogar vai dar uma boa resposta. É importante entrar bem neste primeiro jogo oficial. Sabemos que existem jogadores com qualidade e que podem desequilibrar do lado do Portimonense, mas preparámo-nos para estar ao mais alto nível e não cometermos falhas”, notou Petit.
O Boavista fechou a preparação com quatro vitórias, três empates e quatro derrotas, por entre “cinco semanas exigentes” de pré-época, que satisfizeram o treinador quanto à “atitude de todos os jogadores” na resposta às “cargas físicas” e aos “comportamentos técnicos e táticos”.
“O Portimonense vai para a quarta temporada com o seu treinador [Paulo Sérgio] e tem processos bem definidos. Teve algumas entradas e realizou bons ensaios. Tentámos ir buscar algumas imagens desses jogos para tirar ideias, mas conhecemos o sistema do adversário, que alterna entre o ‘4-4-2’ e o ‘3-4-3’. Vamos estar preparados, mas olhando para aquilo que temos e poderemos fazer para entrar bem no campeonato”, observou.
Sem querer “fugir muito” da ideia de jogo apresentada em 2021/22, Petit acredita que os sete reforços dos ‘axadrezados’ “podem acrescentar algo de diferente no processo”, até porque permitirão “alternar jogadores em posições idênticas e meter variantes distintas”.
“Vamos ser uma equipa forte, com intensidade e qualidade, esperando que os adeptos também possam admirá-la. Deixamos tudo em campo, tal como à imagem deste clube, que gosta que as suas equipas trabalhem sempre no limite, mas com qualidade”, frisou.
Além do impedimento de inscrição de atletas, com o qual já tinha lidado no arranque da derradeira edição da I Liga, o Boavista viu partir na sexta-feira o brasileiro Nathan para o Santos e teve o gambiano Yusupha “um pouco limitado” no seu primeiro treino realizado esta semana, enquanto Miguel Reisinho e Ricardo Mangas ainda recuperam de lesões.
“O mercado está aberto e os treinadores têm de saber viver com isso. Contamos com o Ricardo Mangas, que foi apresentado, mas está lesionado. Por isso, até que digam algo de lá de cima [SAD] cá para baixo [equipa técnica], é jogador do Boavista”, garantiu Petit, depois de os franceses do Bordéus não terem exercido a cláusula de compra do defesa, que esteve cedido os franceses na época passada.
O Boavista começa a 60.ª participação na I Liga frente ao Portimonense, no domingo, às 20:30, no Estádio Municipal de Portimão, em jogo da ronda inaugural da edição 2022/23 da prova, que terá arbitragem de Claúdio Pereira, da Associação de Futebol de Aveiro.
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