Em entrevista à agência Lusa, Manuel Pinto Brasil manifestou-se totalmente convicto de que, se vencer as eleições de 20 de Março, o comentador de futebol será o director desportivo do clube minhoto.

"Estou 100 por cento confiante que Luís Freitas Lobo será o nosso director desportivo. Já nos reunimos quatro ou cinco vezes e ele elogiou o nosso projecto.

Criámos uma certa empatia, foram acertadas as condições de trabalho, mostrou-nos o seu organigrama e o seu projecto para o futebol", disse.

Pinto Brasil disse que, apesar de serem ambos adeptos do rival Sporting de Braga, "não há comparação possível” entre Freitas Lobo e o anterior director desportivo, Vasco Santos, porque “o profissionalismo de um e outro é completamente diferente e isso ultrapassa todas as eventuais dificuldades ou possíveis argumentações contra".

Instado a considerar se o Vitória pode retirar ensinamentos da gestão bracarense, Manuel Pinto Brasil respondeu: "o Braga tornou-se mais forte desde que apostou num director desportivo, que veio do Sporting, e que está a fazer um óptimo trabalho".

"O que nos propomos fazer para o Vitória é um bocado isso, apostar num profissional, num técnico. O presidente não é obrigado a saber tudo, nem pode querer meter-se em tudo. Cada um na sua especialidade e o presidente, como órgão máximo do clube, a superintender essa equipa", disse.

O candidato disse ainda que terá de "haver um investimento forte no futebol" na próxima temporada, elogiou o "óptimo trabalho" do treinador, Paulo Sérgio, mas não assegurou a sua continuidade.

"Não posso prometer isso porque a escolha passa pelo director desportivo. A avaliação que faço dele é positiva, mas não quer dizer que seja o treinador ideal para o Vitória, que tem de pensar muito 'à Vitória', ser ambicioso, tem de ser alguém especial", afirmou.

Se vencer, Pinto Brasil tem a intenção de falar com Andrezinho e Desmarets, para tentar renovar os seus contratos: "a direcção não conseguiu chegar a acordo com eles, não sei porquê. Gasta-se tanto dinheiro mal gasto e quando é preciso não há", notou.