Em entrevista à agência Lusa e sobre a sua intervenção na área do futebol, foi claro: "vou intervir na área da gestão, dos recursos que são necessários, financeiros, etc. Na parte técnica, não vou interferir porque as pessoas que vão fazer parte são altamente competentes".
Pinto Brasil disse ainda não recear a ideia de uma liderança bicéfala, pelo protagonismo que Luís Cirilo vai ter como vice-presidente para o futebol, como foi sugerido pelo actual presidente e candidato da lista B, Macedo da Silva.
"Desejo-lhe que tenha muita sorte, muito protagonismo e que as pessoas comecem a ver nele uma espécie de 'salvador' para o futebol do Vitória. Por mim, não tenho problema nenhum. Ele, ao ser competente, sabe o que está a fazer e só vai assumir a parte dele e mais parte nenhuma", acrescentou.
Pinto Brasil qualificou como "um tiro no pé" a estratégia do Vitória, no final da época de 2007/08, juntamente com o Benfica, de tentar entrar directamente na Liga dos Campeões explorando o castigo do FC Porto pela Comissão Disciplinar da Liga por tentativa de corrupção, no âmbito do processo 'Apito Final',
"Comigo na direcção, isso não teria acontecido. Primeiro porque o Vitória não tem experiência de tratar desses assuntos e isso custou muito caro ao clube em todos os aspectos, depois porque o Benfica, ao tratar das coisas para eles, tratava para nós também", disse.
Para Pinto Brasil, com essa estratégia, os responsáveis vitorianos "inviabilizaram determinadas relações desportivas que havia e o Vitória sofreu bastante com isso na altura, ficou a perder completamente".
"Neste momento, a relação que existe [com o FC Porto] é de ódio, o que é muito mau. Queremos dar-nos bem com todos, mas sem subserviência a nenhum", disse.
"Se for eleito presidente do Vitória, obviamente que tenho intenções de reatar relações com o FC Porto e com qualquer outro clube com quem o Vitória não esteja de boas relações", revelou.
Quanto ao património, a proposta mais marcante é a intenção de construir um centro de estágio para a equipa de futebol profissional, em que a norma poderá passar a ser "picar o cartão".
"Os jogadores são trabalhadores e, como tal, devem ir trabalhar 'x' horas por dia e nessas horas devem estar no local de trabalho. Entram, picam o cartão como os trabalhadores normais e à saída picam o cartão outra vez", disse.
Segundo Pinto Brasil, o futuro centro de estágio a construir no concelho de Guimarães "será uma ferramenta de trabalho para profissionalizar a equipa de futebol e não apenas dois campos de treino. Terá condições para os jogadores treinarem e estagiarem. Aquilo é um investimento, não um gasto", concluiu.
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