O presidente do FC Porto revelou hoje que só deixará de exercer funções no clube quando não sentir “entusiasmo e paixão”, considerando que esses atributos têm sido um dos seus segredos de sucesso nos 40 anos de presidência.
“No dia em que não sentir entusiasmo e paixão pelo que faço, terminarei a minha carreira. Entendo que quem abraça uma causa como esta e assume os destinos de um clube como o FC Porto, tem de ter paixão, caso contrário, ao fim de 24 horas, vai embora. Se me mantenho ao fim de 40 anos, é porque tenho a mesma paixão e mesma vibração com qualquer êxito”, partilhou Pinto da Costa, dizendo que irá continuar
O dirigente recordou algumas das suas vivências como presidente dos 'azuis e brancos' numa das conferências da iniciativa Thinking Football, realizada no Porto e organizada pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional, lembrando a sua responsabilidade nas escolhas dos treinadores.
“É uma decisão importante em qualquer clube, e, felizmente, tenho acertado mais vezes do que tenho errado. Estou satisfeito com as escolhas que fiz”, disse Pinto da Costa.
O presidente do FC Porto lembrou José Maria Pedroto como a primeira contratação de um técnico em que esteve envolvido, e a mais recente, de Sérgio Conceição, que classificou de “difícil”.
“O Sérgio [Conceição] foi uma escolha minha e um negócio difícil, porque tinha contrato com o Nantes. Mas conhecia-o desde os 16 anos, quando veio como jogador para o FC Porto. Tem uma determinação e um feito que é necessário compreender para nos podermos dar tão bem”, disse.
Ainda sobre os treinadores, Pinto da Costa assegurou que “ficou uma amizade com todos os que passaram pelo FC Porto”, lembrando que mesmo com o único que despediu, o espanhol Victor Fernández, em 2005, mantém "uma mútua amizade”.
Ainda numa retrospetiva pelos seus 40 anos na liderança do clube portuense, Pinto da Costa rejeitou que possa ser “um caso de estudo”, considerando-se “um cidadão normal, que tem resistido a muita coisa e que, segundo dizem, vai durar até aos 100 anos”.
“Uma cidade e uma região ter uma paixão assoberbada com os valores do FC Porto é que deve ser um caso de estudo. Quanto mais o país está centralizado, mais os portistas amam o seu e em todas as regiões do país cada vez mais o FC Porto tem mais adeptos”, disse o dirigente.
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