Em entrevista à TVI, Pinto da Costa falou sobre os "inimigos" que colecionou ao longo dos anos enquanto presidente do FC Porto. O líder dos 'dragões' deixou ainda uma 'bicada' a Luís Filipe Vieira, afirmando que os candidatos à presidência do Benfica foram escolhidos pelo atual líder do clube rival.

Inimigos: "Quem não tem inimigos é porque está na terceira ou quarta divisão. Eu quando apareci até um prémio do Correio da Manhã tinha. Mas a partir do momento em que fomos campeões europeus, tudo mudou. Os verdadeiros inimigos do FC Porto estão na comunicação social. Repito: os principais inimigos estão na comunicação social. O centralismo em Lisboa é um estado de alma do país. Os próprios do Porto, quando vou para Lisboa, se acomodam. Não tinha jeito para ser político. Eu gosto é do Porto."

Relações com o Benfica: "Nunca houve uma tentativa do FC Porto para normalizar as relações com o Benfica e não me dei conta do contrário. Mas uma coisa é as pessoas que não se dão; outra são os interesses do futebol e estive com o presidente do Benfica e do Sporting numa reunião com o Governo. Mas nas reuniões dos presidentes dos clubes, falamos dos assuntos cara a cara; agora, não há relação pessoal para além disto. Não nos damos nem nunca os iremos dar por questões pessoais, mas entre os clubes a relação tem de ser normal. Os departamentos jurídicos falam um com o outro."

Eleições no Benfica: “Há eleições e parece que foi o Luís Filipe Vieira que escolheu os candidatos. Qualquer indivíduo que queira ser presidente do Benfica mete na cabeça que a primeira coisa que tem de dizer é… mal de mim. Apareceu um sujeito dos hambúrgueres, o Noronha Lopes, parece que se meteu comigo. Mas vou perder tempo com esse senhor? Alguma vez os benfiquistas vão votar num tipo que diz meia dúzia de frases feitas? Isto serviu para mostrar que os comentadores imparciais não são assim tão imparciais. O doutor Adão [Pedro Adão e Silva] foi escolhido para vice-presidente de Noronha Lopes; o Jaime Antunes está na lista do Luís Filipe Vieira."

António Costa na comissão de honra de Vieira: "Fez-me confusão não pelo cidadão, mas pelo primeiro-ministro. Se o cidadão António Costa não fosse primeiro-ministro, não seria referenciado. Ele tem direito a ser sócio e acionista, mas a mim chocou-me o primeiro-ministro estar a apoiar um indivíduo que, dizem as notícias deve milhões a um banco que está a ir aos bolsos de todos os portugueses. Não entro aqui em processos, que nem julgados foram e portanto isso para mim não existe."