O presidente do FC Porto revelou hoje ter uma coleção de camisolas de futebol, com 189 exemplares, sobretudo alusivas ao seu clube, mas também de outros emblemas, nomeadamente uma do Benfica, oferecida por António Simões.
Pinto da Costa partilhou esse seu gosto durante a apresentação do livro "A Pele do Dragão", obra de Francisco Araújo, que relata a história dos 125 anos do FC Porto através das camisolas de jogo, com prefácio do dirigente portista.
"Tenho 189 camisolas. A maioria são do FC Porto, mas tenho de outros clubes. Tenho uma do Benfica que guardo com grande satisfação. Foi uma oferta do António Simões, com a dedicatória 'Para o senhor Pinto da Costa, com um abraço amigo do António Simões'", contou o líder dos 'dragões', durante a apresentação do livro, que decorreu na loja do clube no estádio, junto ao Museu do FC Porto.
Nessa coleção, Pinto da Costa elege a camisola de 1987, usada na final da Taça dos Campeões Europeus, em Viena, que o FC Porto venceu, como sua preferida, mas enumerou outras especiais num espólio que assume fazer a história da sua presidência.
"Tenho uma do lateral-esquerdo do Bayern de Munique, de 1987, porque o Inácio trocou de camisola com ele e depois ofereceu-ma. Tenho a que o Deco usou na sua apresentação no Barcelona: está encaixilhada, com uma dedicatória. Tenho também a da estreia do Vítor Baía, em Guimarães, lançado pelo Quinito", recuperou Pinto da Costa
Em tom bem-disposto, o dirigente deixou ainda a garantia de que não está nos planos do clube acrescentar o tom ‘encarnado’ aos equipamentos alternativos do FC Porto.
"As camisolas alternativas são um mal necessário e obrigatório, pois a UEFA não permite que se jogue com cores sequer parecidas com os adversários. Não gosto muito disso, mas até temos tido algumas muito bonitas. Quando o céu for vermelho, mudaremos para o vermelho. Mas enquanto o inferno for vermelho, não mudamos para o vermelho", afirmou.
Na cerimónia da apresentação do livro “A Pelo do Dragão” estiveram vários jogadores que fazem parte da história do FC Porto, como Fernando Gomes, João Pinto, Rui Barros, Paulinho Santos, Semedo, Bandeirinha, Frasco, Marco Silva, entre outros, além do atual treinador dos ‘dragões’, Sérgio Conceição, que teve uma pequena intervenção.
"Falar do símbolo e das cores do FC Porto é sempre motivo de orgulho. É recuperar a memória de quando cheguei com 15 anos a este clube, cuja camisola aprendi a amar. Estamos com esse espírito, num momento decisivo, e, com essa força, vamos conseguir os nossos objetivos", declarou o técnico.
O autor do livro, Fernando Araújo, um portista cuja principal atividade é ser piloto de aviões, demorou mais três anos para reunir todos os elementos de investigação para as 400 páginas da obra, que foi editada em português e também inglês, dando azo ao seu gosto pelo colecionismo, investigação e organização.
"Dediquei-me com fervor a descobrir as sublimes histórias associadas a cada artigo, com o intuito de enriquecer ainda mais cada peça", escreveu o autor na introdução do livro, onde revela várias curiosidades.
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