As equipas portuguesas concluíram quinta-feira a pior prestação conjunta de sempre na fase de grupos das taças europeias de futebol, com cinco equipas a não conseguirem um único apuramento e a somarem apenas cinco triunfos, em 30 jogos.

A “queda” de Benfica e FC Porto da Liga dos Campeões para a Liga Europa é o único dado positivo, mas não salva um balanço muito negativo, até porque os dois representantes lusos na “Champions”, que tem final marcada para o Estádio da Luz, a 24 de maio, partiram do “alto” do Pote 1.

Mais do que o Estoril-Praia, na primeira época europeia, o Paços de Ferreira, em estreia numa fase de grupos, e o Vitória de Guimarães, apenas nono na última edição da I Liga, os dois “grandes” lusos tinham obrigação de fazer bem mais e evitar que se quebrasse um ciclo de 10 anos consecutivos de apuramentos.

Desde 2004/2005, quando a Taça UEFA, entretanto “transformada” em Liga Europa, passou também a ter fase de grupos - o que já tinha acontecido à prova rainha a partir de 1991/1992 -, que Portugal conseguia sempre qualificar pelo menos uma equipa.

Em termos matemáticos, o Benfica, que somou três triunfos – mais de metade das cinco de todas as equipas portuguesas –, pode lamentar-se, ainda assim, de os 10 pontos não terem chegado, quando, habitualmente, são mais do que os suficientes.

Em 2005/2006, os “encarnados” apuraram-se com oito pontos e, em 2006/2007 e 2007/2008, ficaram em terceiro com sete, atrás de um Celtic apurado com nove. Em 2010/2011 e na época passada, o segundo do grupo dos “encarnados” passou com 10 pontos.

Por seu lado, os “dragões”, que não foram capazes de vencer nenhum dos últimos cinco jogos, ficaram-se pelos cinco pontos e ter-se-iam apurado com sete, já que o Zenit passou com seis.

No século XXI, o FC Porto só havia feito pior em 2001/2002, e numa segunda fase de grupos, com uma vitória, um empate e quatro derrotas, num trajeto que começou com Otávio Machado (um ponto, em dois jogos) e prosseguiu com José Mourinho (três, em quatro).

Os “azuis e brancos”, que rubricaram a sua pior prestação de sempre em casa (um ponto), também se haviam ficado pelos quatro pontos em 1997/98, com António Oliveira, e somado os mesmos cinco da presente temporada em 2005/2006.

Estes três registos, que custaram outros tantos quartos lugares, foram, no entanto, conseguidos numa altura em que os “dragões” não eram cabeças de série: em 1997/98 e 2001/2002, os grupos foram ganhos pelo Real Madrid, e em 2005/2006, pelo Inter.

No que respeita aos cinco triunfos lusos na fase de grupos, três foram conseguidos pelo Benfica, que venceu por duas vezes o Anderlecht (2-0 em casa e 3-2 fora) e ainda ganhou, a terminar, na receção ao já apurado Paris Saint-Germain (2-1).

Por seu lado, os portistas só conseguiram vencer o Áustria de Viena (1-0 em reduto alheio, a abrir), sendo que, na Liga Europa, e em 18 jogos, apenas se registou um triunfo, selado pelo Vitória de Guimarães, que goleou no D. Afonso Henriques o Rijeka por 4-0.

No total, as equipas lusas somaram cinco vitórias, a pior marca desde 2005/2006 (três, em apenas 16 jogos), 11 empates e 14 derrotas, em 30 jogos, e rubricaram a pior relação de sempre (12 golos “negativos”) entre golos marcados (24) e sofridos (36).

Quanto à Liga dos Campeões, prova da qual Portugal se despede, repete-se o que aconteceu há três anos, quando Benfica e Sporting de Braga caíram para a Liga Europa. Viriam a defrontar-se nas “meias”, com os “arsenalistas” a passarem, para perderem a final com o FC Porto, de André Villas-Boas.

Desde que os “dragões” conquistaram a “Champions”, em 2004, a época 2010/2011 era a única em que o futebol luso não tinha colocado qualquer representante nos “oitavos”.

Quanto ao “ranking” da UEFA, e apesar de ser apenas 14.º na presente temporada, Portugal mantém o quinto lugar, a cinco anos (decide os representantes para 2015/2016), e ainda com uma boa vantagem sobre a França, que também já só tem dois representantes (Paris SG na Liga dos Campeões e Lyon na Liga Europa).

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