Estes números, a que a agência Lusa teve acesso, foram publicados no "Estudo demográfico dos futebolistas na Europa", elaborado pelo Observatório dos Jogadores Profissionais de Futebol (OJPF).

Apenas 7,7 por cento dos jogadores dos emblemas lusos e turcos alinharam nos respectivos clubes pelo menos três anos, entre os 15 e os 21 anos. Este é um valor muito abaixo da média europeia, quase um em cada quatro jogadores fizeram a formação no clube actual (23,76 por cento).

Entre os 36 campeonatos estudados pelo OJPF, os clubes da Letónia e da Islândia são os que mais jogadores promovem às equipas principais (48,6), seguidos dos estónios (48,5).

Nas cinco principais ligas, apenas a francesa supera a média europeia, com 26,8 por cento dos jogadores com três anos de "formação", entre os 15 e 21 anos, com melhores índices de aproveitamento do que as competições de Espanha (21,6), Alemanha (17,8), Inglaterra (16,5) e Itália (8,1).

Noutro capítulo, a liga portuguesa é a 27.ª na estabilidade dos seus jogadores, porque, em média, os jogadores apenas permaneceram nos clubes actuais 1,67 anos, novamente num cálculo abaixo do valor de referência europeu (1,84).

Os clubes espanhóis são os maiores defensores da estabilidade, mantendo os futebolistas durante 2,37 anos, à frente de Alemanha (2,33) e Noruega (2,26).

A segunda edição do estudo reúne informações sobre a estatura, posições, nacionalidade, emigração e internacionalizações de 12524 jogadores, 390 em Portugal, de 36 ligas europeias.