"Já desconfiava. Admitimos a hipótese de a surpresa poder ser a contratação de Manuel Fernandes, mas não acreditámos", acrescentou, lembrando o que se passou após o jogo da Taça de Portugal com o Merelinense, em que o treinador adjunto da União de Leiria, Ricardo Martins, veio dizer que um dos jogadores da sua equipa devia ter sido expulso.

Para Mário Cruz, essa declaração foi premeditada, uma vez que, mesmo que tivesse razão, cabia ao treinador adjunto "defender o grupo" e não tomar uma atitude que "sugere má-fé", razão pela qual "deve acompanhar Manuel Fernandes na saída".

O presidente do clube garantiu que João Bartolomeu, responsável pela SAD, "já está a tratar da substituição" de Manuel Fernandes, mas não deu garantias de que aquele já esteja em funções no jogo do próximo sábado, para a Liga, na recepção à Naval 1.º de Maio.

Mário Cruz lamentou ainda que o Vitória de Setúbal "não tenha tido a mesma lisura do Vitória de Guimarães" no caso da transferência do treinador Paulo Sérgio do Paços de Ferreira para o clube minhoto e se tenha comportado de forma "pouco ética".

Apesar da vontade de Manuel Fernandes e de o processo estar entregue pelo treinador a um advogado, a União de Leiria não está disposta a deixar sair o técnico sem ser indeminizada.

A Agência Lusa tentou contactar Manuel Fernandes e o presidente do Vitória de Setúbal, Fernando Oliveira, mas sem sucesso.